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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Australian Kelpie



HISTÓRIA:

O Kelpie Austaliano é uma raça de cães pastor cuja origem remonta ao séc.XIX. Descende de três Border Collie que foram importados da Escócia para a Austrália e, provavelmente, do Old English Sheepdog e Dingo.

Numa primeira fase do cruzamento, foi obtida uma cria que chamaram de Gleeson’s Kelpie, que se dizia ter algum sangue de raposa. Posteriormente, um cão chamado Ceaser, também ele resultado de um cruzamento de cães escoceses, acasalou com Gleeson’s Kelpie. Assim nasceu King’s Kelpie que inaugurou uma longa linhagem de cães que se viriam a tornar indispensáveis na produção de algodão, sector fundamental para economia australiana. As crias de coloração negra, que partilhavam desta herança genética, foram outrora chamadas de Barb e, durante algum tempo, foram consideradas uma raça distinta dos Kelpie.

O rápido desenvolvido desta indústria tornou necessária a criação de cães capazes de correr longos quilómetros e enfrentar condições climatéricas adversas. 1872 é provavelmente o ano em que esta raça começa a tornar-se mais conhecida, devido à vitória que uma Kelpie alcançou numa competição de canídeos. Robert Kaleski é o autor do standard que descreve esta raça, criado em 1903 e, passados cinco anos, dá-se a primeira aparição desta raça num evento official, o Melbourne Royal Show.

Actualmente, alguns especialistas fazem a distinção entre os Kelpie cães de trabalho, e os Kelpie de exposição. Estes últimos foram criados sobretudo a partir dos anos 20, sob parâmetros estéticos por alguns considerados suficientemente divergentes para estabelecer uma separação dentro desta espécie. Segundo estes, os Kelpie de exposição foram criados com o objectivo de serem cães de estimação e não possuem a mesma habilidade natural para arrebanhar ovelhas. Normalmente, a coloração destes animais é homogénea e são animais mais visíveis nas grandes cidades (como Sidnye ou Mlebourne), do que propriamente em áreas rurais.

DESCRIÇÃO:

 O Kelpie é um cão pequeno, cuja altura nas espáduas pode atingir os 51 cm e peso os 13,6 Kg. A sua pelagem é dupla curta e densa, e protege-o das condições climatéricas mais adversas. A sua coloração varia entre o preto, vermelho, ou preto e fogo, vermelho e fogo, chocolate e azul fumo.

 A cabeça é ligeiramente arredondada e a chanfradura nasal pronunciada. Os olhos são em forma de amêndoa, normalmente castanhos e as orelhas são arrebitadas.

A sua silhueta lembra a de uma raposa. Tem um corpo ágil, dotado com grande elasticidade de membros, que são musculosos. As costelas são bem elásticas e os quartos traseiros largos e fortes.

TEMPERAMENTO:

O Kelpie Australiano é um obediente incorruptível e um trabalhador nato. É totalmente independente, devoto ao dono e incansável no que faz. Talvez por isso alguém o tenha chamado de “workaholic” e reconhecido a ajuda que prestou na produção de algodão.

Estes cães são muito energéticos, espertos e, no seio familiar, desenvolvem uma boa relação com todos os membros, incluindo as crianças.

São animais que possuem algum sentido de protecção e podem reagir em situações de perigo evidente mas, caso contrário, não são agressivos.

OBSERVAÇÕES:

Os Kelpie são cães saudáveis, com uma esperança média de vida próxima dos 14 anos. Não há registos de serem vulneráveis às doenças mais comuns, mas a atrofia progressiva da retina, é uma excepção.

O exercício é fundamental para que se sintam bem, por isso convém que vivam no exterior, de forma a poderem correr o dia todo, sem estar limitado a um espaço. Adoram ser desafiados para jogos e realizar pequenas tarefas.

Relativamente à manutenção do seu pêlo, é aconselhável uma escovagem diária vigorosa para eliminar os pêlos mortos.

CURIOSIDADE:

Kelpie, ou Each Uisge, em Gaelic, significa “espírito de água sob a forma de um cavalo” que segundo contam as lendas, era o guardião dos rios e lagos da Escócia. Na mitologia escandinava esta imagem também existe, com o nome de Bäckahästen, um cavalo branco majestoso que atraia os homens a saltar para o seu dorso, acabando por levá-los para o fundo dos rios, sem que nunca mais fossem vistos.

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