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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Animais de Companhia - Responsabilidades e Deveres

Todos nós sabemos o quanto é bom e divertido ter um animal de companhia em casa. Os nossos amigos trazem-nos muitas alegrias, mas responsabilidades também. A adopção de um novo membro na nossa família implica saber e ter consciência de todos os cuidados que é necessário despender com o nosso amigo.

Antes de tomar uma decisão, deverá informar-se muito bem sobre as características e as necessidades da espécie/raça pretendida. A espécie/raça que mais lhe agrada poderá não ser adequada ao seu temperamento ou estilo de vida. Não se esqueça também de se informar acerca do tempo médio de vida do animal, porque esta deverá ser uma decisão para toda a sua vida.

Certifique-se de que todas as outras pessoas que irão conviver diariamente com o animal estão de acordo e dispostas a participar activamente nos cuidados de educação, higiene e alimentação necessários. Informe-se também se alguém é alérgico a animais.

Dê sempre preferência à adopção. Existem muitos animais carentes que precisam de um lar. Por exemplo, os canis/gatis municipais e as associações de protecção aos animais possuem inúmeros cães e gatos saudáveis para adopção, que, no caso dos canis/gatis, serão mortos se não encontrarem um lar. Se, mesmo assim, pretender comprar um animal, nunca o compre numa loja de animais. Este comércio desumano de animais só acabará quando não houver mais compradores.

Tenha em atenção que criar e educar um animal bebé exige muito tempo e paciência. Por exemplo, irá demorar algum tempo até que ele aprenda ao certo onde deverá fazer as suas necessidades.
Manter um animal implica muitos gastos. Certifique-se de que a sua situação financeira permite comportar os custos com a alimentação, brinquedos, visitas regulares ao veterinário, cuidados de higiene e despesas extraordinárias (na eventualidade de o animal adoecer ou sofrer um acidente, por exemplo).

Já pensou em quem vai cuidar do seu animal durante as férias ou situações de emergência? Pode contar com pessoas de confiança para que cuidem do seu animal na sua ausência? É que ninguém está livre de uma situação de doença e todos querem gozar as suas férias…

Os animais também sentem solidão e tristeza e podem entrar em depressão. Zele pela saúde psicológica do seu animal, dando-lhe carinho, atenção e o ambiente adequado. Os cães em particular são animais muito sociáveis porque vivem em grupo e precisam de companhia para ter uma vida saudável. Se passar muitas horas fora de casa, não é aconselhável ter um, a menos que lhe possa proporcional a companhia de outro animal.

Pense no espaço que vai destinar ao seu novo amigo. Terá de ser compatível com o seu tamanho e necessidades de exercício. NUNCA deixe o seu animal confinado num lugar pequeno o tempo todo ou acorrentado.
É aconselhável que o seu animal tenha um local apropriado para fazer as necessidades fisiológicas. Se tiver um cão, por exemplo, e mesmo que ele esteja habituado a fazer as necessidades fora de casa, ele deverá saber que em último caso poderá fazer as necessidades num local apropriado. Não se esqueça que haverá dias em que terá de passar mais horas fora de casa (ou que até poderá ficar doente), não sendo de todo aconselhável o cão ficar muitas horas sem poder fazer as necessidades fisiológicas.

Um cão deve ser passeado todos os dias, para que se possa exercitar e socializar com outros cães, bem como com pessoas e ruídos aos quais não esteja habituado. Mas atenção, deverá ser sempre conduzido por quem o possa conter. Utilize sempre coleira e trela para passear o seu cão e não se esqueça de levar saquinhos de plástico para recolher as fezes. Basta calçar o saco na mão, recolher as fezes, virá-lo ao contrário e deitá-lo no recipiente do lixo mais próximo.

Nunca deixe o seu cão/gato solto na rua nem permita que ele saia sozinho. Ao contrário do que se julga, o lugar de um gato é em casa. Além disso, só dessa forma o conseguirá proteger contra acidentes, doenças e abusos.
Mantenha sempre a vacinação do seu animal em dia e cumpra o esquema de desparasitação prescrito pelo veterinário. Se o seu animal adoecer, procure de imediato um médico veterinário. Nunca o tente medicar por conta própria, pois estará a colocar a vida do seu amigo em sério risco!

Peça ao veterinário que implante um microchip no seu cão/gato. No entanto, como este método ainda está pouco divulgado e nem todos os consultórios veterinários possuem o respectivo dispositivo de leitura, coloque sempre uma identificação (com o seu nome e número de telefone) na coleira do seu animal, para que haja mais probabilidades de ele ser devolvido em caso de perda ou fuga.

Ofereça ao seu animal um alimento balanceado e de boa qualidade, próprio para a sua espécie.
Mantenha limpo o local onde o seu animal fica e coloque-lhe sempre água fresca à disposição.
Os animais exigem cuidados higiénicos diários ou semanais como, por exemplo, escovar o pêlo ou supervisionar o aparecimento de pulgas ou carraças. Estes hábitos são fundamentais para a saúde do seu animal e poderão ajudar a prevenir ou detectar eventuais anormalidades.

Não se esqueça de educar o seu animal, mas sempre respeitando as suas características. A educação é particularmente importante no caso dos cães. Quer tenha um cão pequeno ou um cão grande, um treino básico de obediência é essencial para manter o seu cão sob controlo, evitando assim certos transtornos.
Esterilize o seu cão/gato. Estará assim a evitar ninhadas indesejadas e a contribuir para a diminuição do cada vez maior número de animais.

Não se esqueça que uma das principais causas de abandono é o descontrolo populacional. Além disso, a esterilização previne vários problemas de saúde. Por exemplo, as fêmeas esterilizadas antes do primeiro cio têm um risco muito reduzido de desenvolver tumores mamários (o tumor mamário é um tipo de cancro muito comum em cadelas mais idosas e não castradas). A esterilização elimina ainda a possibilidade de cancro do ovário ou útero, também comum em fêmeas não esterilizadas.

Naturalmente, NUNCA abandone o seu animal. Se por algum motivo, e depois de todas as tentativas, ele não se adaptar ao seu lar, tente doá-lo apenas e só a alguém de confiança. No entanto, antes de doar o seu animal, esterilize-o. Animais esterilizados podem ser adoptados por pessoas que já tenham outros animais (mesmo não esterilizados), facilitando a doação. Por outro lado, infelizmente os animais de raça não esterilizados correm o risco de serem utilizados para reprodução em massa nas mãos de pessoas sem escrúpulos.

Ser responsável é o melhor caminho, o mais correcto e justo para a convivência com os nossos amigos. Cada cidadão deve assumir determinados deveres e responsabilidades a partir do momento em que decide ter um animal.

Se pretender ter um animal de companhia mas não tiver condições, ou no momento não puder assumir essa responsabilidade, poderá “apadrinhar” um dos muitos animais existentes nas várias associações do país. Informe-se junto da sua associação local.

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