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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Parque biologico da Serra da Lousã

 
O Parque Biológico da Serra da Lousã é um espaço onde se retrata e revive experiências relacionadas com o meio ambiente, tradição e cultura local.
 
Um espaço lúdico com Quinta Pedagógica e Centro Hípico, uma área de Vida Selvagem com as várias espécies de animais selvagens de Portugal, Ecomuseu com engenhos de rega de várias tipologias e moinhos de água e de vento, Museu Vivo de Artes e Ofícios Tradicionais com oficinas de artesanato e loja de venda e Museu da Tanoaria.
 
 
 

 
A Quinta Pedagógica assume-se como um “museu vivo”, permitindo reflectir o passado rural baseado na prática agrícola e pastorícia. Exibe actividades agrícolas utilizando técnicas e meios rudimentares, com animais treinados para recrear trabalhos ancestrais. Conta com animais domésticos de raças tradicionais portuguesas, entre vacas, cabras, ovelhas, coelhos, porcos, burros, cavalos e algumas aves de capoeira.
 
O Labirinto, construído com árvores de fruto (e único no mundo), é uma experiência viva que desperta os sentidos, onde os visitantes de todas as gerações e em todas as estações do ano poderão aprender a reconhecer as árvores e os seus frutos. As 320 árvores de 21 espécies diferentes, que o constituem são também uma homenagem aos viveiristas da região, que é o berço desta actividade em Portugal.
No Parque de Vida Selvagem o objectivo não é ser um “zoológico” tradicional, mas sim um parque que mostre, em ambiente próximo do natural, algumas das espécies selvagens que habitam o território português, onde a sensibilização para a preservação da Biodiversidade e o alerta para os vários factores de ameaça das espécies estão patentes.

O Parque é também um projecto de inovação social destinado á Integração laboral e terapia ocupacional para pessoas portadoras de deficiência, doentes mentais e vítimas de exclusão.
 
Actividades Lúdicas
Para grupos de visitantes ou para grupos escolares ou outras instituições, o Parque Biológico apresenta um vasto leque de actividades, mediante marcação prévia.
Tiro ao Arco | Jogos Tradicionais | Maneio de Equinos | Alimentação dos Cavalos | Passeios de Charrete
 
 
 

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Fotos incriveis....

O  fisioterapeuta polonês Miroslaw Swietek fotografou imagens da face de insetos coberta de orvalho.



Para conseguir o efeito desejado ele entra em uma floresta perto de sua casa no vilarejo de Jaroszow, na Polônia, por volta das três horas da manhã.



Usando uma lanterna, o fotógrafo amador de 37 anos procurou insetos imóveis, que pareciam dormir, e colocou sua câmera e flash a poucos milímetros deles.



Swietek disse que fotografia é um hobby há dois anos e meio e que gosta de registrar especialmente imagens de insetos e lagartos, segundo o jornal britânico Daily Mail.

"Entre às três e quatro horas da manhã os insetos estão dormindo e é fácil tirar fotos deles. O difícil é encontrá-los", afirmou.



"Precisa fotografar muito rápido porque o orvalho desaparece rapidamente."

O fotógrafo amador disse que tem livros que o ajudam a identificar os insetos. "Como estão cobertos de orvalho eu acho quase impossível saber o que são."



Embora insetos não "durmam" da mesma forma que os seres humanos, eles entram em um estado de entorpecimento em que ficam praticamente imóveis e menos sensíveis a estímulos externos.





Sapos são capazes de prever terramotos


O comportamento dos sapos durante o período de acasalamento pode possibilitar "prever o imprevisível", ou seja, um sismo, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira, dia 31, pelos pesquisadores de uma universidade britânica.

Uma "alteração brusca no comportamento" dos sapos comuns machos (Bufo-bufo) foi percebida "cinco dias antes do sismo" ocorrido na cidade italiana de Áquila, no dia 6 de abril de 2009, de acordo com a equipe que vigiava esses anfíbios em seu local de reprodução.

Os resultados obtidos sugerem que "os sapos comuns Bufo-bufo são capazes de pressentir eventos sísmicos importantes e de adaptar seu comportamento em consequência", disse a bióloga Rachel Grant da Universidade Open, em Milton Keynes, Reino Unido.

Junto de seu colega Tim Halliday, da Oxford, ela observava por vários dias os animais a 74 quilômetros de Áquila, no momento em que a cidade foi surpreendida pelo terremoto de magnitude de 6,3 graus e que fez 299 vítimas.

Cinco dias antes do tremor, o número de sapos machos presentes no local de reprodução brutalmente reduziu em 96%, um comportamento "altamente incomum" para esses anfíbios, segundo o estudo publicado no Journal of Zoology.

"Uma vez que os sapos chegam para se reproduzir, eles ficam habitualmente ativos em grande número no local de reprodução até que o período de acasalamento termine", lembraram Grant e seu colega da Oxford.

Nos três dias precedentes ao tremor, o número de casais caiu para zero.

Depois de terem abandonado o local com a proximidade do sismo, os machos retornaram para lá timidamente na lua cheia. Mas eles eram bem menos numerosos que nos anos anteriores: somente 34, contra 67 a 175 sapos contados no passado.

No dia 15 de abril, tendo se passado vários dias após o terremoto e dois dias depois da sua última réplica importante, o número de sapos continuou mais baixo que de costume.

Os pesquisadores confessam que não sabem ao certo "qual sinal ambiental" os sapos captaram com "tanta antecedência".

Mas eles destacaram que a baixa das atividades dos anfíbios coincidiu com as "perturbações pré-sísmicas na ionosfera", camada superior da atmosfera onde os gases são ionizados (elétricos).

Essas perturbações detectadas em radiofrequências baixas podem estar ligadas a vazamentos de radônio, gás radioativo que surge do subsolo terrestre, ou às ondas gravitacionais.

Outros animais como elefantes, peixes, serpentes ou lobos também foram estudados no passado à procura de sinais precursores de sismo, sem, entretanto, fornecer dados tão concretos como os dos sapos.



A última população conhecida de mamutes lanudos, que habitavam uma ilha remota do Ártico muito depois de os humanos inventarem a escrita, foram eliminados rapidamente, afirma um estudo divulgado nesta terça-feira.

 
A causa pode ter sido doenças, humanos ou catástrofes climáticas, mas é certo que não foram mudanças climáticas, sugere a pesquisa, publicada na revista Proceedings of the Royal Society B.

As exatas razões que fizeram grande parte desses gigantescos paquidermes - que na época percorriam em rebanho o território da Eurásia e América do Norte - morrerem no final da Era do Gelo geraram debates acalorados.
Alguns especialistas afirmam que os mamutes foram caçados até a extinção há 10 mil anos pela espécie que se tornaria predadora dominante do planeta: a humana.

Outros argumentam que as mudanças climáticas são culpadas, já que as espécies acostumadas a climas amenos tiveram de encarar um mundo mais quente.

É sabido que uma colônia de mamutes lanudos sobreviveu até 4 mil anos atrás onde está hoje a ilha de Wrangel, na Rússia, ao norte da Sibéria e no Oceano Ártico.




A datação por radiocarbono mostra que ao menos alguns desses animais ainda existiam no ano 1,7 mil anos antes de Cristo.

Para melhor entender a extinção, pesquisadores liderados por Anders Angerbjorn, da Universidade de Estocolmo, analisaram pedaços de DNA mitocondrial - material genético herdado através das fêmeas - extraído dos ossos e das presas.
Eles apontaram sinais de diversidade genética declinante, o que significaria que muita procriação consanguínea em uma população pequena poderia ter sido a causa, em parte, da morte dos animais.
"Pode ser que a ilha fosse simplesmente muito pequena para suportar uma população de mamutes a longo prazo", especulam os autores.

Em torno de 7,6 mil km² de área, a ilha de Wrangel é um pouco menor que a Córsega ou Porto Rico. A ilha de Wrangel foi gradativamente submersa de 12 mil a 9 mil anos atrás.

A perda de variação genética também poderia ter sido resultado das mudanças climáticas ocorridas quando a Terra entrou no período interglacial, que foi uma bênção para muitos animais, mas não para os animais gigantescos, afirma o estudo.
Para a surpresa dos estudiosos, no entanto, foi concluído que a diversidade genética manteve-se estável, ou até mesmo aumentou levemente, até o final.
"Isto sugere que a extinção final foi causada por uma mudança relativamente súbita no ambiente em que os mamutes viviam", salientou o estudo.

De acordo com dados arqueológicos, os humanos aparentemente chegaram à ilha 100 anos depois de os mamíferos terem desaparecido.
Isso provaria que não foram os 'Homo sapiens' que mataram os últimos mamutes, mas é possível que os humanos tenham chegado antes na ilha, sem deixar rastros.

Sobram as hipóteses clima ou doença - levantadas pelos pesquisadores -, que notaram que um evento súbito - uma mega tempestade, por exemplo - ou uma nova bactéria ou vírus poderia ter varrido a população remanescente.


 
O destino dos mamutes na ilha de Wrangel, afirmam eles, não é necessariamente um microcosmo de todas as espécies, porque as ilhas exercem pressões evolutivas diferentes nas diversas espécies animais.

Uma das teorias levanta a hipótese de as florestas em expansão na Europa e em parte da Ásia terem expulsado esses animais, comedores de grama, que foram gradualmente morrendo de fome.

Policia foge de uma alcateia de Lobos


Um polícia de trânsito russo passou por uma situação caricata quando, durante uma normal fiscalização rodoviária, se viu na necessidade de se refugiar dentro do carro do condutor que autuava, por reparar que se aproximava na sua direcção uma alcateia com cerca de uma dúzia de lobos.

Esta situação ocorreu na região de Rostov-on-Don, perto do Mar de Azov e em plena auto-estrada M23, quando o polícia mandou parar um condutor que transitava na via com um farol partido. Enquanto solicitava os documentos ao infractor, reparou nos lobos, que corriam em direcção a si, e não lhe restou outra solução senão saltar para dentro do carro, onde ficou até os lobos desaparecerem e poder então voltar à sua viatura.

Na faixa contrária, o seu parceiro de patrulha não teve também outra alternativa senão entrar na viatura policial, enquanto alguns condutores se viram na necessidade de entrar nas faixas de sentido contrário para evitar atropelar os lobos, que passavam a correr, ignorando as forças da ordem e as mais elementares regras de trânsito.

Este não foi o primeiro incidente com lobos na Rússia esta semana, já que pelo menos dois lobos foram vistos num parque de estacionamento de um supermercado na periferia de Moscovo.

Ainda não se conhecem as razões para estes acontecimentos, embora a falta de presas ou uma elevada taxa de natalidade dos lobos nos últimos anos sejam os factores mais apontados, para estes animais entrarem em locais tão movimentados e ruidosos.

Pesquisador ensina elefante a falar


Não contente em apenas admirar ou brincar, ainda que de longe, com os animais, o biofísico Daniel Mietchen da Universidade de Jena, na Alemanha, ensina aos seus amigos bichos os códigos da fala.

O pesquisador estuda a evolução dos sistemas de comunicação animal na Coréia do Sul, com foco em um elefante chamado Kosigi, do parque Everland, em Yongin. Segundo informações de Mietchen nesta quinta-feira (07/10), após anos treinando e conversando com o animal ele já vê, ou melhor, ouve sinais de progresso.

O elefante pronuncia palavras simples em coreano como joa (bom), andoe (não) e nuwo (mentira). O que ainda não se sabe é se Kosigi reconhece o significado do que fala.

Zôo de Nova York comemora nascimento de preguiça prematura

Contrariando a falta de pressa característica de sua espécie, Ruth chegou ao mundo antes do tempo. A filhote de bicho-preguiça é a mais nova moradora do zoológico Rosamond Gifford Syracuse, de Nova York, nos Estados Unidos.




Apesar do peso de apenas 255 gramas (60% do total considerado normal para uma preguiça recém-nascida), a prematura é saudável e recebe os cuidados e carinhos da mãe. Ruth é a 43º preguiça que nasce no Rosamond e sua chegada teve bons motivos para comemoração.

“Há 16 anos, não presenciávamos o nascimento de um animal da espécie. A equipe fez um ótimo trabalho”, elogiou Joanne M. Mahoney, diretora do zoo.
Apesar da festança, a pequenina pediu licença aos convidados para um descanso: um modesto cochilo de dez horas.




Bengala para cães cegos


Uma cadela cega pôde voltar a ver depois de uma espécie de bengala ter sido instalada em sua coleira.
Dolly, que pertence à raça Staffordshire bull terrier e mora em Nottinghamshire, na Inglaterra, perdeu a visão por conta da catarata, provocada pela diabetes. Por sorte, Joanne McCelland, a veterinária de Dolly, teve uma ideia pioneira: colocar cabos plásticos em torno da coleira do animal, de modo que ele possa se orientar ao caminhar, evitando que esbarre em objetos e se machuque.

Brian Chadwick, o dono de Dolly, acredita que o invento ajudou a cadela a ter um novo ânimo para a vida. “Nós podíamos lidar com a diabetes, mas quando ela ficou cega, não tínhamos mais como ajudar”, disse ao jornal Daily Mail. “O efeito desses acessórios plásticos foi imediato. Em poucas horas, Dolly entendeu como sentir o que estava a sua volta”, afirmou.
O animal foi tratado no hospital veterinário People’s Dispensary for Sick Animals Pet Aid Hospital, onde já virou celebridade, figurando em revistas e folhetos da entidade

domingo, 17 de outubro de 2010

Lince Iberico em Portugal



Na lista das espécies em vias de extinção em Portugal, o lince-ibérico (lynx pardinus) assume os lugares cimeiros. Este é mesmo considerado o felídeo mais ameaçado do mundo, estando classificado como “criticamente em perigo” pelos Livros Vermelhos de Portugal e da União Internacional para a Conservação da Natureza.

Mas este cenário pode mudar no futuro. Para inverter esta situação, o Governo inaugurou, em Maio, o Centro Nacional de Reprodução do Lince-Ibérico (CNRLI), em Silves, e prepara-se para assinar no dia 28 de Julho (Dia da Conservação da Natureza), um protocolo para a construção de um centro de aclimatação do lince na serra da Malcata.

A unidade, localizada em plena Reserva da Malcata (partilhada entre os municípios de Penamacor e Sabugal), irá receber linces provenientes do centro de Silves. Este tem uma área de seis hectares, com capacidade para acolher 16 animais, que deverão começar a chegar de Espanha em Setembro. A ideia é assegurar a reprodução da espécie em cativeiro, e depois reintroduzir os linces no território nacional.


A partir de Setembro, Portugal tem três anos para preparar um habitat para receber o lince na natureza, ou seja, fora de cativeiro. Esse é o objectivo do projecto ibérico “Iberlinx - Acção territorial transfronteiriça de conservação do Lince Ibérico”, financiado pelo Programa de Cooperação Transfronteiriça Espanha-Portugal 2007-2013 (POCTEP). O custo total do projecto é de 1,275 milhões de euros.


Um dos beneficiários deste montante é a empresa Águas do Algarve, uma das parceiras na construção do CNRLI, com o apoio do Comité de Cria em Cativeiro para o Lince-Ibérico e do Instituto Nacional da Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB). O projecto é uma «medida de sobrecompensação» pelos impactes ambientais da construção da barragem de Odelouca.


Em declínio desde final dos anos 90
O lince-ibérico não é avistado no território nacional desde 2001, mas estima-se que, em meados dos anos 90, existiriam 1000 a 1200 exemplares distribuídos por nove núcleos populacionais, entre Portugal e Espanha.

No final da década, foi feita uma avaliação da situação pelo ICNB, através do Programa Liberne, e os resultados indicaram um declínio generalizado da espécie no País. O motivo? A acentuada regressão do coelho-bravo, principal presa do lince, a destruição dos habitats mediterrânicos, e também a caça furtiva.

Em Espanha, o lince continua a viver no seu habitat natural, fruto dos esforços feitos pelo governo espanhol para recuperar a população, que aumentou já em 49 por cento. Já há 188 animais entre a Sierra Morena e Doñana, na Andaluzia, um feito que levou a União Europeia a premiar o “Life Lince” andaluz como um dos cinco melhores projectos ambientais financiados com dinheiros comunitários.

O êxito deste primeiro programa levou à criação de um novo, cuja duração foi alargada até 2011. O investimento previsto é de 26 milhões de euros, o maior montante investido em programas de conservação de espécies.



Por cá, o CNRLI é o culminar dos esforços feitos há mais de 30 anos pela Liga para a Protecção da Natureza, que tem tentado trazer o felino com pêlos em forma de pincel na ponta das orelhas de volta a Portugal. No final deste ano termina um projecto Life que, desde Outubro de 2006, tem procurado recuperar e conservar habitats e corredores que os ligam entre si nas serras e montados de Moura-Barrancos, promovendo condições de sobrevivência para a espécie.
Esta região é uma das oito áreas prioritárias de intervenção do Plano de Acção para a Conservação do Lince-ibérico em Portugal, aprovado em Maio de 2008, juntamente com Malcata, Nisa, São Mamede, Guadiana, Caldeirão, Monchique e Barrocal.


Texugos em Portugal

O texugo é um animal omnívoro, que adapta o regime alimentar às disponibilidade do seu habitat. Apesar de ser comum em Portugal, diversos aspectos da sua ecologia estão ainda pouco estudados, condicionando os esforços de conservação.



O texugo (Meles meles, Linnaeus 1758) é um mamífero social que vive em grupos mistos de composição bastante variável: um grupo familiar pode ser constituído apenas por um casal e respectivas crias ou incluir mais de 30 indivíduos de várias classes etárias, dependendo dos factores do meio (Kruuk 1989). Estes grupos vivem em complexos de tocas que são usados para a reprodução (Neal e Cheeseman 1996).




Em Portugal esta espécie é protegida por um regulamento específico na lei de caça (Decreto-lei 274-A/88). Embora também seja protegida nos restantes países mediterrânicos (Griffiths e Thomas 1993), a maioria dos aspectos da sua ecologia nesta região são desconhecidos, estando grande parte dos trabalhos focados na sua dieta.

Também em Portugal o primeiro estudo dedicado ao texugo (Loureiro 1999) versou a dieta desta espécie na Serra de Grândola, sendo os frutos e os artrópodes (sobretudo insectos) os principais grupos de alimentos consumidos. Estes resultados são semelhantes aos obtidos para outras áreas mediterrânicas (e.g. Pigozzi 1987), mas muito diferentes das regiões do Centro e Norte da Europa, onde a espécie é um consumidor especialista de minhocas (e.g. Kruuk et al. 1979). Esta diferença na estratégia alimentar poderá conduzir a diferentes padrões de actividade e movimentos, pois estes parâmetros devem estar relacionados com o tipo e disponibilidade das presas.

Geneta ou Gato - Gineto

Usada como -caçador de ratos- pelos árabes, a geneta apenas pode ser encontrada na Europa, em Portugal, Espanha e Sul de França. Será que no nosso país este carnívoro continua a fazer jus à sua fama?



A geneta (Genetta genetta), ou gato-gineto, é um carnívoro de pequeno/médio porte, de origem africana, cuja distribuição na Europa está restringida ao Sul de França, Península Ibérica e Ilhas Baleares. Em Portugal continental este predador é relativamente comum, podendo ser encontrado de Norte a Sul do país, ocupando paisagens tão diferentes como os montado de sobro do Alentejo, as monoculturas de resinosas do Centro e os campos agrícolas do Oeste.

Dos estudos efectuados, um pouco por todo o lado, sobre a dieta da geneta, conclui-se que este predador aproveita os variados recursos tróficos disponíveis, apesar de se concentrar, preferencialmente, no consumo do rato-do-campo (Apodemus sylvaticus). Estes estudos são baseados, maioritariamente, na análise de dejectos, de modo a identificar os restos não digeridos das suas presas. O comportamento de defecação e a marcação do território pela geneta facilitam esta metodologia. Como carnívoro territorial que é, delimita o seu território através de marcação odorífera, efectuada principalmente nos limites do mesmo ou em zonas onde existam recursos importantes (ex. alimento, refúgio). Este predador tem a particularidade de utilizar, muitas vezes, a deposição dos dejectos como veículo de marcação, tendo como hábito defecar em locais pré-definidos – latrinas – que pode revisitar várias vezes por mês.



A investigação do modo como a geneta sobrevive no Parque Natural de Sintra-Cascais assume particular interesse, atendendo às características singulares desta zona, nomeadamente a grande pressão humana (turística e agricultura de sobrevivência) a que está sujeita.

Tritão Palmado Português, em risco de Extinção

Anfíbio cada vez mais raro em Portugal, o tritão-palmado vive em florestas, prados ou zonas agrícolas, sem nunca se afastar muito de corpos de água naturais ou artificiais. Distribui-se no Noroeste e Centro de Portugal, ocupando cerca de 3% do território nacional.




IDENTIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS:

O tritão-palmado ou tritão-de-patas-espalmadas, Triturus helveticus, é um urodelo (anfíbio com cauda) pequeno que geralmente não ultrapassa os 8 cm de comprimento total. A sua cabeça de contorno arredondado é ligeiramente aplanada, com três sulcos longitudinais na parte superior. Os olhos são relativamente pequenos e localizam-se lateralmente. Apresentam uma banda escura característica entre o orifício nasal e o olho que pode prolongar-se até ao pescoço. As glândulas parótidas são reduzidas. Possui corpo de secção redonda ou quadrangular, cauda muito achatada lateralmente, com crista reduzida ou ausente. Os seus membros são delgados, com quatro dedos nas patas anteriores e cinco nas posteriores. A pele é lisa durante a fase aquática, tornando-se rugosa na fase terrestre. A coloração dorsal é variável, havendo predominância de tons castanhos e esverdeados com algumas manchas negras que podem formar um padrão reticulado. O ventre é tipicamente amarelo claro. Na cauda pode apresentar duas séries de manchas escuras que formam linhas e acima da zona de inserção dos membros posteriores possuem uma pequena mancha clara.
As fêmeas são geralmente maiores do que os machos, têm o corpo cilíndrico, cabeça mais larga, cloaca menos volumosa e o padrão dorsal menos acentuado. Os machos são mais elegantes, com secção quadrangular, com o padrão dorsal acentuado. Durante o período de reprodução desenvolvem um característico longo filamento preto na parte terminal da cauda, uma membrana interdigital escura nas patas posteriores e uma crista caudal baixa.



As larvas recém-eclodidas não medem mais do que 1 cm e possuem uma coloração amarelada com duas bandas escuras no dorso. Posteriormente tornam-se acastanhadas ou acinzentadas com numerosas pontuações escuras. Atingem normalmente os 2,5-4 cm de comprimento total mas em locais onde alcançam a metamorfose durante o segundo ano de vida pode atingir os 5-6 cm de comprimento. Apresentam uma crista dorsocaudal bem desenvolvida, com início na zona de inserção das brânquias. À semelhança do tritão-de-ventre-laranja, a crista caudal decresce em altura de forma contínua e muito suave em direcção à sua extremidade, mas, ao contrário daquela espécie, termina numa ponta alongada. Apresentam dedos curtos e brânquias bem visíveis.

DISTRIBUIÇÃO E ABUNDÂNCIA:

Trata-se de uma espécie de ampla distribuição europeia, desde a Península Ibérica até à Alemanha. Em território nacional conhecem-se apenas algumas populações distribuídas de forma esparsa pelo Noroeste do País, frequentemente em simpatria com o tritão-de-ventre-laranja.

ESTATUTO DE CONSERVAÇÃO:

Espécie listada como Vulnerável (VU) no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal.


FACTORES DE AMEAÇA:

Em Portugal o T. helveticus encontra-se em regressão devido a múltiplas causas. A maior ameaça resulta da destruição ou alteração dos locais de reprodução, tanto por abandono de práticas agrícolas tradicionais como pela utilização de produtos agroquímicos que alteram as condições do meio aquático. Outros factores como o desenvolvimento urbanístico e industrial nas áreas costeiras – regiões com as populações mais abundantes, a alteração dos níveis freáticos devido à extracção contínua de água para consumo e a introdução de espécies exóticas constituem ameaças adicionais.

HABITAT:

Habita uma grande variedade de biótopos incluindo prados, bosques e zonas agrícolas, desde o nível do mar até aos 1140 m, na Serra do Gerês. Para se reproduzir pode utilizar diversos habitats aquáticos, preferencialmente com abundante vegetação aquática e água parada ou com pouca corrente, como lagoas costeiras, charcos, tanques, represas e albufeiras.

INIMIGOS NATURAIS:

Os adultos podem ser predados por trutas, cobras-de-água e víboras. As larvas são presas habituais de insectos aquáticos, tritões adultos, larvas de libélula e de salamandra-de-pintas-amarelas. Os principais mecanismos de defesa consistem na fuga rápida para zonas de vegetação densa e nas secreções tóxicas das suas glândulas cutâneas.



REPRODUÇÃO:

Nas zonas mais baixas a reprodução inicia-se em meados de Dezembro e prolonga-se até Maio, enquanto que em zonas montanhosas os indivíduos podem chegar aos habitats aquáticos apenas no início da Primavera. O acasalamento ocorre na água e segue um padrão comum aos restantes tritões da nossa fauna. As fêmeas depositam cerca de 290 a 440 ovos ao longo da época de reprodução, colados individualmente em plantas aquáticas ou em objectos ou no substrato do meio aquático. Os habitats de reprodução são constituídos por meios aquáticos de águas paradas ou com pouca corrente, com abundante vegetação aquática. O desenvolvimento embrionário dura 8-14 dias, após o qual ocorre a eclosão. A duração do período larvar varia de acordo com a temperatura e a disponibilidade alimentar, podendo as larvas atingir a metamorfose em seis semanas ou em um ano.

ALIMENTAÇÃO:

A alimentação dos adultos é composta por pequenos insectos adultos e larvares, aranhas e outros invertebrados. As larvas alimentam-se inicialmente de organismos planctónicos, passando posteriormente a consumir invertebrados aquáticos de maiores dimensões, como larvas de insectos.

ACTIVIDADE:

Apresenta uma fase aquática, coincidente com a época de reprodução, e uma fase terrestre, correspondente aos períodos de estivação e/ou hibernação. É um anfíbio essencialmente nocturno mas que durante a fase aquática se encontra activo também durante o dia. 



domingo, 10 de outubro de 2010

Basenji



HISTORIA:

Embora as suas origens sejam um mistério, encontram-se cães semelhantes aos Basenji nos túmulos dos faraós da Quarta Dinastia. A forma como ele aí está representado sugere sabedoria interior e antiguidade. “Basenji” é uma palavra africana que designa “coisa do mato” e também é conhecido como Zande Dog, Cão do Congo Belga, Cão do Mato do Congo, Bongo Terrier, Congo Terrier e Nyam Nyam Terrier.

Deste modo, os exemplares actuais descendem portanto de cães provenientes do Zaire da década de 1930. Usado como cão de caça na sua terra natal, o Basenji é famoso por não ladrar, emitindo antes uma espécie de falsete, ao jeito das canções tirolesas. Os exploradores europeus descobriram a raça em meados do século XIX, no Congo e no sul do Sudão, e os primeiros Basenji chegaram à Grã-Bretanha em 1895. infelizmente sucumbiram à esgana antes que se tentasse qualquer programa de criação e posteriores importações datadas dos anos 20 e 30 também pereceram. Em 1941, dois cachorros da raça foram importados para Massachusetts e sobreviveram, começando aí a expansão da raça em termos internacionais.

TEMPERAMENTO:

Inteligente, independente mas muito afectuoso, brincalhão, de natureza alegre e sempre alerta. É dócil com os humanos mas desconfiado com estranhos.

DESCRIÇÃO:

O Basenji é um cão de caça vindo de África, sendo por isso um cão de clima quente , não devendo ser criado em regiões com climas frios e húmidos. Tem como características principais ser um cão pequeno, com a garupa curta, constituição leve, parecendo muito alto de pernas relativamente ao seu comprimento. A cabeça enrugada é graciosamente continuada por uma garganta bem arqueada, a cauda está disposta de modo ascendente e ondula sobre o dorso. Elegante e gracioso, o conjunto transmite uma imagem de equilíbrio e de vigilante atento. A estrutura equilibrada e a musculatura bem proporcionada permitem-no mover-se fácil e agilmente. Esta raça caça pela visão e olfacto.

Assim, a testa enrugada, a cauda firmemente ondulada e a passada veloz e sem grande esforço (que se assemelha ao trote de um cavalo de corrida) são típicas marcas distintivas da raça. A cabeça está disposta graciosamente sobre o corpo. Os olhos são de cor avelã escura ao castanho escuro, amendoados, dispostos obliquamente, as pupilas são igualmente escuras.

As orelhas são pequenas, erectas, pontiagudas, ligeiramente cobertas por uma textura fina e dispostas para a frente da cabeça. O crânio é liso, bem esculpido e de largura média, afilando-se no sentido dos olhos. A testa afunila-se no sentido do olho para o focinho com um stop perceptível. O focinho é mais curto que o crânio mas não é nem grosseiro, nem demasiado afunilado. Os enrugamentos aparecem na testa quando as orelhas estão erectas. Os enrugamentos laterais são desejáveis, mas nunca devem ser exagerados na barbela. Estas rugas são mais visíveis nos filhotes. O nariz deve ser sempre preto. Os dentes são alinhados uniformemente com uma mordida em tesoura.

Os maxilares compridos são típicos dos exemplares mais antigos. A garganta tem um comprimento adequado e está bem colocada, ligeiramente mais ampla na base; está igualmente bem ajustada aos ombros. O corpo é equilibrado com uma garupa curta, unida repentinamente com uma cintura bem definida. O peito tem uma largura média. A cauda está a uma elevação adequada e dobra para a frente encontrando-se ondulada sobre qualquer um dos lados do dorso, com uma curvatura única ou dupla.

Relativamente aos quartos dianteiros, os ombros têm uma postura ligeiramente para trás. A omoplata e o braço têm um comprimento aproximadamente igual. Os cotovelos estão firmemente dobrados contra o peito. As patas são direitas com ossos finos, antebraços grandes e músculos bem definidos. As quartelas têm um bom comprimento, são fortes e flexíveis. Os pés são pequenos e ovais com almofadas grossas e dedos bem arredondados.

O pezunho é normalmente removido. Relativamente aos quartos traseiros têm uma largura média, são fortes e musculados; o jarrete é bem constituído. Os pés são pequenos e ovais com almofadas grossas e dedos bem arredondados.

TIPO DE PELO:

Muito curto, lustroso e muito fino. A pele é muito maleável. As cores podem ser várias: preta, vermelho acastanhado, cor de fogo, tricolor (preto, vermelho e castanho), ou ás manchas (normalmente manchas pretas num fundo vermelho acastanhado); todos devem ter branco no peito, pés e ponta da cauda; manchas, colar e patas brancas são opcionais.

De qualquer modo a quantidade de branco nunca deve exceder a quantidade da cor base do cão. as marcas de diferentes cores devem estar claramente circunscritas com uma linha de demarcação nítida entre as diferentes cores. A cor da pelagem fornece-lhe uma camuflagem perfeita; as manchas brancas no pêlo e um fino revestimento nas orelhas e corpo ajudam-no a tolerar bastante melhor o calor.

OBSERVAÇOES:

Ter um Basenji requer um grande compromisso de tempo, esforço e compreensão, mas darão um excelente companheiro. Estas características devem-se essencialmente ao facto de em cachorros poderem ser destruidores se ficarem sem vigilância.
Por não ladrar não constituem um bom cão de guarda.
Adoram vegetais, pelo que se deve incluí-los na sua dieta.
As cadelas têm o cio apenas uma vez por ano, à semelhança dos lobos.
A sua pelagem curta não necessita de muita escovagem até porque o Basenji possuem muitas características similares aos gatos, senão vejamos o facto de ele se lavar como um gato e não tem cheiro a cão, assim esfregá-lo com uma luva de sabujo é o suficiente.

Barbet, o cão de água frances

HISTORIA:

A raça Barbet é uma parte integrante da história do cão, e muitas raças familiar têm Barbet na sua ascendência. Dependendo da geografia e da necessidade, o Barbet conectado através dos séculos em várias capacidades, e como um cão de companhia, mas mais como um versátil cão de trabalho. O nome Barbet se tornou ao longo dos séculos um "nome genérico" para um cão com um longo casaco de lã
O Grande Barbet retratado em Contagem livro de George Louis Buffon `Histoire Naturelle" (1750) é provavelmente a fonte original de várias raças de cães de água (Poodle, Cão de água português, Spaniel de água português, e assim por diante). Sua origem real se perde na antiguidade, mas provavelmente deriva de ações que pastoreia com fio.
O Barbet é um cão de água francês eo nome da raça "Barbet" vem da palavra francesa barbe, o que significa barba. O Barbet também trabalhou como assistente de marinheiro, bem como a Água Português Dog.It foi sobretudo conhecida por ser um retriever de aves aquáticas e um versátil cão de fazenda (que é onde a expressão enlameado "como um Barbet" veio no século XIX entre o final do século XVIII ao 19 inicial o mesmo cão era conhecido como o Barbet na França, o barbone na Itália e no pudel na Alemanha. Com o advento das exposições e reprodução seletiva baseado puramente na estética do poodle foi desenvolvido para ser mais elegante e de uma cor sólida para distingui-lo do seu passado mais comum. A natureza versátil do Barbet significou a sua sobrevivência, e muitos de Barbet hoje 'ainda' tem os bens que lhes são atribuídas no passado e as origens Barbet e das linhagens pode ser rastreada até a gravação do primeiro padrão em 1891.
A raça está ganhando popularidade nos países escandinavos e da América do Norte, mais e mais pessoas estão se interessando por este conjunto de cerca de cão de trabalho ou apenas como um animal de estimação.

CARACTERISTICAS:

A raça stands 58–65 cm (20.5-25.5 polegadas) para os machos de altura, 52 a 61 para o sexo feminino, com uma tolerância de 1 cm + / - e pesa 17 a 28 kg (35-60 libras). Muitos criadores estão tentando manter sua morfologia 'original', mantendo a altura na extremidade inferior da escala. O Barbet é um cão de água prototípicas , com um casaco comprido, peludo e encaracolado.
Seus revestimentos crescer por muito tempo e devem ser limpos regularmente, caso contrário, poderá perder o Barbet pequenas mechas de cabelo como tumbleweeds.
As cores aceites da raça são sólidas preto, marrom, dourado, cinza, fulvo pálido, branco ou mais ou menos pied. Todos os tons de vermelho-fulvo e fulvo pálido são permitidas. A sombra deve, preferencialmente, ser a mesma que a cor do corpo. Cinza e branco são extremamente raras, mistura de cores (exceto em branco) são considerados como uma falha. As cores mais comuns são preto ou marrom com manchas brancas. Os números de natalidade no mundo inteiro para 2007 são 176. Todos os nascidos eram pretos ou marrons com algumas manchas brancas no peito, queixo e nas pernas.

TEMPERAMENTO:

A personalidade do Barbet é descrito como sociável, alegre, pateta, obediente e inteligente. Eles são rápidos para aprender e precisam de treinamento de obediência. Eles são uma grande com as crianças, famílias e idosos.
Eles são retrievers capazes de aves caça. A fazer ensaios de campo na Alemanha e ensaios de água apenas na França. A partir de recentemente, em França, o Barbet pode participar do BCE (Brevet de Chasse à l'eau), que é um teste de caça geral que envolve o campo e ensaios de água.

SAUDE:

Devido ao grande número extremamente baixo de Barbet no mundo, pouco se sabe sobre as questões de saúde a longo prazo. Algumas questões que foram exibidas em si são infecções de ouvido, displasia da anca, hérnias, testículos retidos, undershot / mordidas ultrapassado, e epilepsy.However, um estudo começou apenas na França sobre questões de saúde no Barbet como diversas raças foram recentemente "contribuído" para o Barbet, nomeadamente o poodle. A maioria dos criadores do hipscore antes de qualquer acasalamentos e A, B e C hipscores pode ser usado.
Dos problemas de saúde que se têm revelado, a maioria dos problemas pode ser rastreada 4-6 gerações. Muitas vezes isto é devido ao plantel limitado.
Também ao fato de que vários cruzamentos foram feitos e muitos poodles foram utilizados.
O mais comum desses problemas são as infecções de ouvido, um problema na maioria das variedades de cão de água. Problemas de ouvido podem ser minimizados pela orelha cuidados adequados. Um veterinário deve ser consultado se o cão apresenta sinais de uma orelha de contraída a infecção da orelha deve ser sempre clara de todo o cabelo, e muito inspecionados regularmente.
Durabilidade das médias Barbet 13-15 anos, com um recente falecimento aos 19 anos.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Escola na Alemanha usa caes para ajudar alunos

Cadela 'Paula' participa de aula em escola na Alemanha. (Foto: Daniel Roland/AFP)


Cães são usados para ajudar alunos a melhorar seu desempenho. (Foto: Daniel Roland/AFP)


CÃO APARECE DEPOIS DE 8 ANOS PERDIDO

Um pastor alemão reapareceu quase oito anos depois de ter desaparecido em Boiling Springs, no estado da Carolina do Norte (EUA). O casal Elsie e Calvin Dixon ficou surpreso quando uma agência de controle de animais ligou para avisar que o cão tinha sido encontrado.

"Nós pensávamos que ele estava morto", disse  Calvin ao jornal "Shelby Star". Os agentes da agência chegaram até o casal, porque o cão chamado "Nero" tinha um microchip de identificação. O casal havia recebido o pastor alemão de presente do genro.

Barbado da Terceira



HISTORIA:

A história do Barbado da Terceira começa com a descoberta dos Açores. Com o povoamento das ilhas, surgiu a necessidade de se introduzir gado para a alimentação dos colonos. É a partir deste momento, por volta do século XV, que o Barbado da Terceira começa a desenvolver-se. Vários cães foram introduzidos na ilha para acompanhar, conduzir e recolher o gado. Com a adaptação ao clima, humidade alta e chuvas frequentes, o Barbado começou a desenvolver uma aparência única que aliadas ao seu temperamento característico, fizeram dele o cão de eleição de muitos açoreanos. Sendo os Açores um ponto obrigatório de paragem no meio de Atlântico, outras raças de cães pertencentes a navegadores influenciaram também o Barbado da Terceira. O isolamento das ilhas contribuiu de forma decisiva para a fixação de características da raça.

O interesse pela raça surgiu por volta de 1970, quando a criação destes cães passou a ser assumida pelos população local. Uma década mais tarde, os cães eram já comercializados. Contudo só em 1994, se realizou a primeira tentativa de levantamento do número de exemplares da raça na região, mas as limitações da iniciativa ditaram resultados sem grande precisão. Foram precisos 2 anos para que se realizasse um novo estudo, desta vez com recurso a métodos científicos. O trabalho orientado por Dr. Deocleciano Silva foi o ponto de partida para o estudo da raça. Vários estudantes da Universidade dos Açores abraçaram a causa, realizando vários trabalhos sobre o assunto.

Com a criação da Associação Açoriana de Criadores do Cão Barbado da Terceira, novas pesquisas foram feitas, na tentativa de encontrar as características homogéneas na raça e determinar o número de Barbados existentes nos Açores. Com a contabilização apurou-se que existiam 80 animais, exemplares que foram estudados geneticamente. O trabalho do Prof. Dr. Artur Machado permitiu sustentar a ideia de que aquele conjunto de cães formava efectivamente uma raça.

Em 2004, o Clube Português de Canicultura aprovou o estalão provisório do Cão Barbado da Terceira, tornando este cão na 10ª raça portuguesa, a segunda açoreana (Cão de Fila de S. Miguel). Criaram-se assim condições para se lançar o primeiro concurso da raça que se veio a realizar no ano seguinte.

Hoje em dia, o Barbado da Terceira é um condutor de gado, mas também um cão de guarda e sobretudo companhia. É uma raça em crescimento em Portugal, mas ainda pouco divulgada internacionalmente.

TEMPERAMENTO:

O Barbado da Terceira é um cão afável com a sua família. Companheiro e fiel gosta de estar com o dono. É alegre e meigo.

É um bom cão de guarda, por isso desconfia de estranhos.

Inteligente e voluntarioso, o Barbado é um animal fácil de ensinar.

Gosta de ter um trabalho, necessitando de exercício regular. Vive bem tanto dentro como fora de casa. 

APARENCIA GERAL:

O Barbado da Terceira deve o seu nome não só ao local onde é originário, Açores, mas também às abundantes camadas de pêlo que lhe compõem a barba.

É um cão de aspecto rústico, com um atractivo pêlo comprido que esconde um corpo forte e musculado. Os machos têm entre 52 a 58 cm e 25 a 30 kg. As fêmeas medem 48 a 54 cm e pesam 21 a 26 kg.

Com uma cabeça de tamanho médio e um stop pronunciado, o Barbado da Terceira tem um olhar meigo e vivo. Os olhos de tamanho médio devem ser castanhos escuros, sendo o mel a tonalidade mais clara admitida. As orelhas têm o formato triangular e são de tamanho mediano. De inserção alta, são quebradas, dobrando para a frente.

O corpo é sólido, com uma linha superior horizontal e um peito largo e profundo. Os membros são fortes com uma ossatura larga desenhados para permitirem bom alcance da passada e uma corrida rápida. A cauda é de inserção relativamente baixa, encurvando na ponta quando relaxada.

O pêlo é comprido, forte e ligeiramente ondulado. O Barbado tem também uma espessa camada de subpêlo que o protege das condições climatéricas adversas. Como cão de trabalho, é permitida a tosquia uniforme que também poderá ser apresentada em exposições.

A pelagem do Barbado da Terceira pode ser amarela, cinzenta, preta, fulva ou lobeira. Admitem-se manchas brancas no peito, barriga e ponta da cauda.

Dachshund ou Baixote



HISTORIA:

Baixote é o nome português do Dachshund, nome original da raça alemã, ou Teckel, como lhe chamam os ingleses. Popularmente, o Baixote é conhecido como Salsicha, devido ao comprimento do corpo e talvez cor da pelagem.

A linha evolutiva do Baixote consegue ser traçada até ao século XVIII, na Alemanha, quando surge pela primeira vez a palavra “Dachshund”. Em alemão, o nome da raça significa literalmente, “cão texugo”, devido ao papel que desempenhava na caça. Contudo esta designação era aplicada a todos os cães utilizados na caça de texugos.

Nesta altura havia já dois tipos de Dachshund: um mais alto, utilizado na caça a texugos e outro mais baixo, utilizado na caça a coelhos. Terá sido a partir da segunda variante que o Baixote terá evoluído.

Mas estudos mais recentes atiram o nascimento da raça para tempos mais longínquos. Pinturas da altura do Antigo Egipto representam já cães de pernas curtas e corpo longo. Foi mesmo encontrada a múmia de um destes cães que se assemelha bastante ao Dachshund. Partes de um esqueleto de um cão semelhante ao Baixote foram recuperadas entre os destroços de um navio naufragado, ao largo da Itália, que data do século I a.C.

No século XVIII, a raça era já popular entre as mais importantes Casas europeias.  Entre os maiores entusiastas desta raça estão o Príncipe Alberto e a Rainha Vitória de Inglaterra.

Em 1879, foi redigido na Alemanha o estalão da raça, sendo reconhecida oficialmente no país.

Após ter sido um sucesso, quando introduzida nos Estados unidos da América, o Baixote perdeu a popularidade conquistada nos dois lados do Atlântico devido à rivalidade que surgiu entre os diversos países na Primeira Guerra Mundial.

Mas a vivacidade e aspecto único do Baixote fizeram com que recuperasse a popularidade mundial. Na Alemanha este cão ainda é utilizado na caça, para desalojar as lebres, as raposas e os texugos das suas tocas. Nos outros países, tornou-se um cão caseiro muito na moda, principalmente em França e nos Estados Unidos da América. É um companheiro inteligente, vivo e muito agradável. Esta raça pode ser também denominada de Zwergteckel.

TEMPERAMENTO:

O Baixote é um cão que conquista pela sua aparência, mas também pela sua personalidade. É um cão vivo e brincalhão, ao ponto de ser cómico.

Como cão utilizado na caça, é corajoso, orgulhoso e tenaz. Gosta de ladrar, hábito que usava para  chamar o caçador ou repelir a presa da sua toca. A sua voz é surpreendentemente alta para um cão do seu tamanho.

Teimoso, não é fácil treiná-lo. São contudo afectuosos e protectores. Geralmente tornam-se mais próximos de uma pessoa na família e podem desenvolver ciúmes em relação a crianças, outros animais ou pessoas. Dão bons cães de alerta, ladrando a estranhos.

São cães aconselháveis apenas a crianças mais velhas que saibam respeitar os limites do cão e tenham consciência da fragilidade das costas do animal. O Baixote não deve ser pegado ao colo por qualquer pessoa. O peso da coluna deve ser sempre suportado por completo.

O Baixote dá-se bem com outros cães, mas não aceita tão bem outros animais. Pode tolerá-los se habituado desde pequeno.

O Baixote é o cão ideal para apartamento. Activo dentro de casa, não necessita de um espaço exterior. Como escavadores compulsivos, deve ser mantido em espaços devidamente cercados. Os Baixotes são peritos em escavar buracos debaixo das vedações.

DESCRIÇÃO:

Esta raça contempla duas categorias : o Teckel padrão e o miniatura. Dentro de cada uma dessas categorias, apresenta-se em três variedades de pêlo: curto, comprido e duro (arame). A miniatura de pêlo macio tem pelagem curta, densa e lisa; a de pêlo comprido apresenta alguns franjados; a de pêlo de arame tem uma pelagem cerdosa por todo o corpo.

EXERCICIO:

Não deve ser permitido a cães desta raça saltar ou subir e descer escadas. O corpo alongado exerce bastante pressão sobre a coluna, que é frágil e pode sofrer danos com alguma facilidade. Este é aliás um dos problemas mais comuns na raça e caso ocorra, pode causar a paralisia do cão e exigir uma intervenção cirúrgica. Sendo cães alegres, os Baixotes gostam de saltar, hábito que deve assim ser desencorajado desde cedo.

O Dachshund é um cão enérgico e vivo. Como cão originalmente utilizado na caça, o Baixote gosta de seguir cheiros e escavar. Estes cães só devem ser soltos em zonas devidamente cercadas, porque distraem-se enquanto exploram e perdem-se facilmente.

Andar e correr são os exercícios ideias para esta raça. Dois longos passeios diários são suficientes para manter o cão em forma. O exercício nesta raça não deve ser negligenciado, devido à tendência que têm para engordar e as consequências que isso trás para a coluna do animal.

SAUDE E HIGIENE:

Devido à longa coluna com pouco suporte, os problemas na coluna são uma preocupação para os donos. O risco de desenvolvimento de problemas agrava-se com a obesidade, que aumenta a pressão exercida no dorso do animal.

Outras preocupações são: epilepsia, problemas cardíacos e de pele.

O Baixote larga pêlo moderadamente. A escovagem deve ser semanal, para remover os pêlos mortos e a sujidade.

CURIOSIDADES:

O Dachshund é um dos cães mais emblemáticos da Alemanha. Foi inclusivamente escolhido para ser a mascote dos Jogos Olímpicos 1972 que se realizaram no país.

William Randolf Hearst, o magnata da imprensa norte-americana, era um admirador de Baixotes. A determinada altura chegou a possuir mais de 70 animais no seu castelo em San Simeon.

Também alguns dos maiores artistas foram seduzidos pelo Baixote: Pablo Picasso tinha um cão desta raça e Andy Warhol tinha dois, Archie e Amos, que representava frequentemente.

Azawakh



HISTORIA:


Criados pelos Tuaregues, Fulas e vários outros nômades do deserto do Saara e do Sahel nos países Mali, Níger e Burkina Faso, a raça é utilizada lá como cão de guarda e na caça à gazela e à lebre alcançando a velocidade aproximada de 64 quilômetros por hora. Os Tuaregues historicamente têm sido muito duros com eles e não lhes dedicam muita atenção, o que acentuou na raça as características de robustez e independência. Diferentemente de outros lébreis afro-asiáticos ele atua em grupos para caçar. No papel de cão de guarda, se um azawakh pressente algum perigo ele late para alertar os outros membros do grupo e se reúnem sob a liderança do cão líder, então afugentam ou atacam o predador. O Sloughi, em comparação, atua de forma mais independente, é um caçador solitário e tem um elevado instinto de caça.
Eles não são muito comuns na Europa e América do Norte, mas possuem um crescente número de admiradores. Estima-se que existam menos de 200 azawakhs na América do Norte. Seu temperamento é muito felino e, portanto, não é um bom animal de estimação para a maioria dos proprietários. No entanto, quando socializados e bem treinados, eles podem relacionar-se bem com outros cães, gatos, crianças e estranhos. A raça ainda não é registrada no Canadian Kennel Club ou American Kennel Club (mas é registrada na Fundação Stock Service do AKC), é registrado no United Kennel Club, American Rare Breed Association e outros.


CARACTERISTICAS:


Particularmente pernalta e elegante, o lébrel azawakh confere a impressão geral extremamente refinada. Sua ossatura e musculatura são reveladas através da fina e magra pele. Esse lébrel se apresenta como um cão raçudo cujo contorno do tronco está inserido num retângulo com o lado maior na vertical.
A raça nativa pesa de 15 a 25 quilos; sua altura é de 60 a 74 centímetros. O pêlo é muito curto e quase ausente na barriga. A sua estrutura óssea aparece claramente através da pele e da musculatura. Seus músculos são bem planos, ao contrário do Galgo Inglês, e nesta característica ele se aproxima do Saluki.
As cores permitidas pelo padrão de raça FCI são: fulva com manchinhas limitadas às extremidades. Todas as nuanças são admitidas, da zibelina clara à fulva escura. A cabeça pode ou não ter uma máscara preta e uma linha é muito inconstante. A pelagem tem uma mancha branca no peito e um pincel branco na ponta da cauda. Cada uma das quatro patas tem que ter compulsoriamente uma "meia" branca, no mínimo, em sombra de traço nas patas. O tigrado em preto é aceito.
Incomum para uma raça grande, os azawakhs não têm conhecidas predisposições para doenças genéticas (como a displasia da anca).
Os azawakhs precisam ser bem socializados desde a mais tenra idade e devem ser colocados frente a novas situações.
Eles são uma combinação de um corredor de grande arranque (embora nem sempre tão rápidos como um Greyhound) com um de longa distância (como o Saluki). Portanto, eles precisam de um nível bem elevado de exercícios regulares e deveriam executar corridas em grandes áreas fechadas para atingir o seu vigor físico.


TEMPERAMENTO:


Veloz, alerta, distante, reservado com estranhos e podendo até ser de difícil aproximação, mas pode ser gentil e afetuoso com aqueles que ele está disposto a aceitar. Ele consegue equilibrar um vínculo estreito com o seu dono com uma forte, quase independência felina. Não são agressivos, a mesmo que se sintam ameaçados. Eles são também muito animados.
Os azawakhs têm a capacidade única de reconhecer outros azawakhs pela visão, e se relacionam naturalmente com membros da sua própria raça.