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domingo, 16 de janeiro de 2011

Vibora Cornuda, cobra venenosa em Portugal


Talvez por não se verem todos os dias, ou por serem muito mais pequenas do que as que aparecem nos documentários da National Geographic, em Portugal criou-se um mito popular: "Não existem serpentes venenosas." Nada mais errado. Que o diga um homem de Marvão, no Alentejo, que ainda há poucas semanas foi mordido por duas víboras-cornudas.

Para descanso dos portugueses, e para sorte do homem atacado, o veneno desta serpente é tóxico, mas não letal. Aliás, em Portugal não há qualquer serpente cuja mordedura tenha um efeito mortífero. No País existem oito espécies de serpentes, mas só duas têm um veneno tóxico: a víbora de Seoane e a cornuda.
Apesar de estarem presentes um pouco por todo o território nacional, é muito difícil avistar uma víbora-cornuda. Estas costumam agrupar-se em pequenos grupos e refugiam-se no mato. Em Portugal nunca atingem mais de 70 cm, o que as ajuda na camuflagem.


Os livros científicos sobre répteis e anfíbios são claros: as víboras-cornudas não atacam por iniciativa própria e só o fazem se se sentirem ameaçadas. Foi o que terá acontecido no Alentejo.
Porém, o facto de não terem um veneno letal não significa que estas serpentes não sejam perigosas. As mazelas da mordedura de uma víbora-cornuda podem ficar para toda a vida e não há qualquer antídoto para o veneno destes animais. Além disso, os idosos e as crianças podem mesmo sucumbir a um ataque, por não resistirem aos efeitos do veneno no metabolismo.


A víbora-cornuda é uma das duas serpentes venenosas existentes em Portugal.

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