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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Crocodilo gigante já matou centenas no Burundi

 
 
O crocodilo Gustave aterroriza, há 20 anos, os habitantes de uma região do Burundi, pequeno país da África despistando caçadores e escapando à morte no lago Tanganica. O Monstro, que pesa uma tonelada e mede cerca de seis metros de comprimento, é conhecido na região onde conta-se que já devorou mais de 200 pessoas.

O animal, segundo eles, usa a cauda para golpear crianças que brincam à beira do lago e já foi filmado atacando um pescador. Segundo a lenda, certa feita ele comeu uma funcionária da embaixada russa que tomava banho pelada no lago.

Gustave foi batizado com este nome pelo francês Patrice Faye, que vive no Burundi há cerca de 20 anos e tenta capturá-lo há mais de 11 anos sem sucesso. Agora, o francês mudou de estratégia e já não o quer matar o réptil, mas colocar um localizador, para seguir os seus passos. “Vivemos numa era em que criaturas como essas são cada vez mais raras”, disse, justificando a mudança de tática. “É um animal pré-histórico, muito gordo, na água, parece um hipopótamo, ainda tem todos os dentes, o que sugere que tenha menos de 68 anos“, afirmou.

Faye disse que, quando acompanhou os movimentos do crocodilo, por um período de três meses, 17 pessoas foram devoradas por Gustave. “Calculei que matava pessoas há 20 anos e que, a esse ritmo, já tinha comido mais de 300”, afirmou o expert. O francês disse ainda que Gustave já passou períodos mais longos sem comer pessoa alguma. No ano passado, por exemplo, não foi registado nenhum ataque.

Para Faye, o enorme tamanho do animal faz com que uma dieta, à base de peixes do lago não seja suficiente para saciar a fome. Além disso, “por ser tão grande, é mais lento e, portanto, não tem outra opção a não ser caçar presas fáceis. Na água, não há presa mais fácil do que o ser humano. Não creio que seja uma questão de gosto”, concluiu.

A certa altura, Faye tentou capturar Gustave com uma armadilha usada no Zimbabwe, para caçar crocodilos gigantes, mas o animal não se deixou enganar. “Ele deve ter um instinto de sobrevivência muito forte, porque sobreviveu enquanto outros crocodilos foram massacrados”, disse.

Faye usa informantes locais: “No Burundi, há milhares de pessoas que vivem junto ao lago, especialmente pescadores, que passam a maior parte do tempo na água. Dei alguns celulares para que eles me liguem quando encontrarem algum crocodilo”. Vários pescadores da região afirmam que já atiraram no pobre bichinho porém o couro do animal parece ser a prova de balas.

Os cupins são os animais mais influentes na dinâmica das savanas na África



Um estudo da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, indica que os verdadeiros reis da savana africana não são os leões, mas sim os cupins. Segundo o pesquisador Robert Pringle, a rede de colônias criadas pelas colônias do inseto influencia mais na população de animais que os grandes predadores ou os gigantes da região, como os elefantes e as girafas. As informações são da Agência Fapesp.
Segundo a pesquisa, a ação do cupim contribui enormemente para a produtividade do solo, que acaba por estimular a produção vegetal e, por consequência, animal. Os cientistas afirmam que a distribuição dos cupinzeiros por uma área maior maximiza a produtividade de todo o ecossistema.
"Não são os predadores carismáticos - como leões e leopardos - que exercem os maiores controles em populações. Em muitos aspectos, são os pequenos personagens que controlam o cenário. No caso da savana, aparentemente os cupins têm uma tremenda influência e são fundamentais para o funcionamento do ecossistema", diz Robert Pringle.
Os pesquisadores estudaram cupinzeiros na região do Quênia central. Eles observaram que essas estruturas tinham cerca de 10 m de diâmetro, com distâncias entre 60 m e 100 m entre eles. Cada um abriga milhões de insetos e muitas vezes são centenários.
Os cientistas se surpreenderam ao observar um grande número de lagartos próximos aos cupinzeiros, o que levou à quantificação da produtividade ecológica da área. Eles chegaram à conclusão que cada comunidade de insetos dava suporte a densas agregações de flora e de fauna. As plantas cresciam mais rapidamente quando próximas a essas estruturas e as populações de animais, assim como a taxa de reprodução, eram menores quando ficavam longe dos cupinzeiros.
Imagens feitas por satélite confirmaram as observações. Segundo os pesquisadores, essas imagens mostravam que cada cupinzeiro ficava no meio de uma "explosão de produtividade floral". Além disso, essas "explosões" parecem divididas organizadamente, com cada uma como se fosse uma casa em um tabuleiro de xadrez.
Os cientistas pretendem agora estudar qual é exatamente a contribuição dos cupins à essa produtividade. Eles acreditam que os insetos - que muitas vezes são vistos como pragas na agricultura - distribuem nutrientes, como fósforo e nitrogênio, que beneficiam a fertilidade do solo.

Onças do pantanal ameaçadas

Os ataques de onça-pintadanas imediações da Estação Ecológica de Taiamã, nas margens do rio Paraguai, município de Cáceres, a 215 Km de Cuiabá, não estão relacionados a possibilidade de superpopulação do felino na área. Desde o primeiro ataque ocorrido em 24 de junho de 2008, pesquisadores e técnicos ambientais do Instituto Chico Mendes(ICMbio) e do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros investigam o comportamento dos animais daquela região e o que podem estar provocando os ataques.

Com uma população estável em todo o Pantanal mato-grossense e na Amazônia, os ataques possivelmente estão relacionados ao turismo desordenado na região de Cáceres que inclui a observação inadequada dos felinos e a caça , denunciada recentemente pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e que levou a prisão 14 pessoas numa operação em conjunto com a Policia Federal.

O coordenador do Programa Nacional de Controle de Conflitos entre Predadores e População Humana do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros, biólogo Rogério Cunha de Paula vem avaliando os ataques desde 2008 e observa que nos dois casos há um mesmo padrão, ou seja, as pessoas estavam dentro do habitat das onças e ambos foram pegos de surpresa. No primeiro caso, pai e filho dormiam em uma barraca e foram atacados por duas onças.

Alguns relatos obtidos pelos pesquisadores informaram que para fazer o acampamento os pescadores teriam atirado por alto para espantar os animais. O filho foi praticamente devorado por uma das onças. Há vinte dias, outro jovem que pescava em um barco nas margens do rio foi atacado pelas costas. Os ferimentos na cabeça foram muito graves e a vítima só foi salva porque caiu na água e os barqueiros bateram na cabeça da onça com o remo.

Cunha de Paula diz que a idéia de superpopulação é praticamente descartada, já que a onça-pintada está no topo da cadeia alimentar , é alvo de caça e tem reprodução lenta. “O que pode estar ocorrendo é que, com o desmatamento no entorno, as onças estariam se concentrando mais na área da Estação de Taiamã , bastante conservada. Outra suposição é de que a região esteja passando por mudanças no regime de pulso das águas do Pantanal o que pode estar empurrando a população de onças - que sempre foi abundante naquela área para as proximidades de Taiamã dando a falsa impressão de superpopulação”, disse.

Outro fator que está sendo considerados nas investigações do ICMbio é o uso cevas tanto no Pantanal de Cáceres como na região de Barão de Melgaço e Poconé para facilitar o avistamento de onças. Há alguns anos foram feitas denúncias quanto ao uso de iscas por um empresário estrangeiro que possui pousada na região de Porto Jofre, próximo ao Parque Estadual Estação das Águas. O site da pousada garantia o avistamento do felino e chegava a afirmar que devolveria o pagamento do turista caso não observasse a presença de uma onça. Até hoje não se conseguiu comprovar a denúncia, mas a prática de ceva é apontada por moradores e funcionários de pousadas.

O chefe do Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense , localizado na confluência do Rio Paraguai com o rio Cuiabá, divisa com Mato Grosso do Sul e ao lado da Serra do Amolar, biólogo José Augusto Ferraz lembra que a presença de onças no Pantanal é comum e raramente se tem notícias de ataques a pessoas na região do parque. Trabalhamos ali há muitos anos e não existe superpopulação e nem ataques aos homens.Nem mesmo os índios que conviveram sempre com elas não só Pantanal como na Amazônia relatam esse comportamento das onças. Estamos constantemente fiscalizando o parque e não existem cevas e nem turismo de observação de onças”, conta.

Cunha de Paulo, do ICMbio, conta que desde o primeiro acidente em 2008 foram feitos vários alertas a comunidade de Cáceres quanto ao turismo de observação de onças feito de forma inadequada. “ A onça-pintada é o maior felino das Américas, atrevido e valente, não tem medo do ser humano e leva a sério a disputa de território (em média 15 hectares). Tem uma média de três filhotes por ninhada que ficam sob cuidados da fêmea por pelo menos dois anos. É muito ariscado se aproximar dela quando o filhote está por perto ou então quando estão com uma carniça. É extremamente violento, por isso é preciso manter uma distância de 20 a 30 metros. A presença cada vez maior de gente no seu habitat pode estar provocando esses ataques‘, diz.

Essa combinação de perda de medo e associação de gente com comida pode levar a onça a atacar pessoas.“ Ainda que o avistamento de uma onça na natureza possa ser a maior recompensa para um ecoturista e que o uso de iscas aumente a (tipicamente remota) chance de um encontro, a prática de usar iscas para atrair os felinos podem ter consequências desastrosas e deve ser banida”, recomenda.

O coordenador do Núcleo de Fauna do Ibama/MT, veterinário Cesar Esteves Soares afirma que não existem pesquisas que comprovem superpopulação de onças-pintada. “Taiamã sempre teve alto índice de avistamento de onças pela oferta de alimentos nas margens do rio Paraguai e o nível de conservação do local. ‘O que estamos fazendo é tentando mapear essa área e os felinos que habitam o local. Vamos responder cientificamenteque a hipótese de superpopulação é muito remota. Vamos saber o que tem induzido as onças a atacar na região de Cáceres já que não faz parte do seu comportamento natural", diz, acrescentando que o mais provável é que na tentativa de mostrar onças aos turistas, ‘estão entrando no habitat delas e se aproximando demais. As investigações estão levando em conta também as inúmeras denúncias de que ‘empresários do turismo‘, pescadores e barqueiros estariam cevando onças disponibilizando animais mortos como jacarés em determinados pontos onde elas passam. Cesar alerta ainda que o turismo precisa considerar o avistamento de onças como um prêmio, um fato inesperado , ‘mas nunca provocar sua presença. É mais seguro usar as lentes de uma máquina fotográfica ou binóculo”, afirma.

O professor de biologia da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) de Cáceres, especialista em ecologia de mamíferos, Manuel dos Santos Filho, estudioso de onças há 20 anos, confirma as suposições de outros pesquisadores que relacionam a falta de ordenamento do turismo no Pantanal de Cáceres aos ataques. ‘Estão chegando muito próximos delas,usando vocalizadores que irritam o animal e isso eu já presenciei por aqui. Sabemos do uso de cevas, mas nunca cheguei a ver essa prática. A vocalização no período de acasalamento, irrita muito a onça. Ela é ótima nadadora e seus impulsos podem atingir até dez metros. Já soubemos de casos aqui em Cáceres e que não vieram a público de que elas pulam dentro dos barcos. É um animal muito rápido‘, informa.

A suposição de que pulso das águas no Pantanal de Cáceres pode estar concentrando a população de onças na Estação Ecológica de Taiamã foi comentada pelo biólogo e coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Áreas úmidas(INAU) inaugurado esta semana em Cuiabá, Mato Grosso, Wolfgang Junk. Ele conta que já foi comprovado que a Usina Hidrelétrica de Manso, instalada no rio Manso, município de Chapada dos Guimarâes modificou o ciclo de cheia e seca no Pantanal abaixo de Cuiabá. “ Mas seria preciso fazer medições na área de Cáceres e verificar essa hipótese. O fato é que o desmatamento no Pantanal pode estar mudando as onças de um lado para outro. Mas são hipóteses”, diz.

Segundo levantamento feito pela ONG Conservation International(CI) , 17% da cobertura vegetal original do Pantanal já foram destruídas, principalmente para a abertura de áreas de pastagem e cultivo. O impacto imediato dessa situação é a degradação do solo, o comprometimento dos processos hidrológicos que determinam os ciclos de cheia e seca, em grande parte responsáveis por toda a riqueza biológica da região, e a perda de biodiversidade, pois recursos como abrigo, alimento e locais de reprodução oferecidos pelas florestas e demais tipos de vegetação às espécies animais não estarão mais disponíveis.
Os ataques de onça-pintadanas imediações da Estação Ecológica de Taiamã, nas margens do rio Paraguai, município de Cáceres, a 215 Km de Cuiabá, não estão relacionados a possibilidade de superpopulação do felino na área. Desde o primeiro ataque ocorrido em 24 de junho de 2008, pesquisadores e técnicos ambientais do Instituto Chico Mendes(ICMbio) e do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros investigam o comportamento dos animais daquela região e o que podem estar provocando os ataques.

Com uma população estável em todo o Pantanal mato-grossense e na Amazônia, os ataques possivelmente estão relacionados ao turismo desordenado na região de Cáceres que inclui a observação inadequada dos felinos e a caça , denunciada recentemente pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e que levou a prisão 14 pessoas numa operação em conjunto com a Policia Federal.

O coordenador do Programa Nacional de Controle de Conflitos entre Predadores e População Humana do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros, biólogo Rogério Cunha de Paula vem avaliando os ataques desde 2008 e observa que nos dois casos há um mesmo padrão, ou seja, as pessoas estavam dentro do habitat das onças e ambos foram pegos de surpresa. No primeiro caso, pai e filho dormiam em uma barraca e foram atacados por duas onças.

Alguns relatos obtidos pelos pesquisadores informaram que para fazer o acampamento os pescadores teriam atirado por alto para espantar os animais. O filho foi praticamente devorado por uma das onças. Há vinte dias, outro jovem que pescava em um barco nas margens do rio foi atacado pelas costas. Os ferimentos na cabeça foram muito graves e a vítima só foi salva porque caiu na água e os barqueiros bateram na cabeça da onça com o remo.

Cunha de Paula diz que a idéia de superpopulação é praticamente descartada, já que a onça-pintada está no topo da cadeia alimentar , é alvo de caça e tem reprodução lenta. “O que pode estar ocorrendo é que, com o desmatamento no entorno, as onças estariam se concentrando mais na área da Estação de Taiamã , bastante conservada. Outra suposição é de que a região esteja passando por mudanças no regime de pulso das águas do Pantanal o que pode estar empurrando a população de onças - que sempre foi abundante naquela área para as proximidades de Taiamã dando a falsa impressão de superpopulação”, disse.

Outro fator que está sendo considerados nas investigações do ICMbio é o uso cevas tanto no Pantanal de Cáceres como na região de Barão de Melgaço e Poconé para facilitar o avistamento de onças. Há alguns anos foram feitas denúncias quanto ao uso de iscas por um empresário estrangeiro que possui pousada na região de Porto Jofre, próximo ao Parque Estadual Estação das Águas. O site da pousada garantia o avistamento do felino e chegava a afirmar que devolveria o pagamento do turista caso não observasse a presença de uma onça. Até hoje não se conseguiu comprovar a denúncia, mas a prática de ceva é apontada por moradores e funcionários de pousadas.

O chefe do Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense , localizado na confluência do Rio Paraguai com o rio Cuiabá, divisa com Mato Grosso do Sul e ao lado da Serra do Amolar, biólogo José Augusto Ferraz lembra que a presença de onças no Pantanal é comum e raramente se tem notícias de ataques a pessoas na região do parque. Trabalhamos ali há muitos anos e não existe superpopulação e nem ataques aos homens.Nem mesmo os índios que conviveram sempre com elas não só Pantanal como na Amazônia relatam esse comportamento das onças. Estamos constantemente fiscalizando o parque e não existem cevas e nem turismo de observação de onças”, conta.

Cunha de Paulo, do ICMbio, conta que desde o primeiro acidente em 2008 foram feitos vários alertas a comunidade de Cáceres quanto ao turismo de observação de onças feito de forma inadequada. “ A onça-pintada é o maior felino das Américas, atrevido e valente, não tem medo do ser humano e leva a sério a disputa de território (em média 15 hectares). Tem uma média de três filhotes por ninhada que ficam sob cuidados da fêmea por pelo menos dois anos. É muito ariscado se aproximar dela quando o filhote está por perto ou então quando estão com uma carniça. É extremamente violento, por isso é preciso manter uma distância de 20 a 30 metros. A presença cada vez maior de gente no seu habitat pode estar provocando esses ataques‘, diz.

Essa combinação de perda de medo e associação de gente com comida pode levar a onça a atacar pessoas.“ Ainda que o avistamento de uma onça na natureza possa ser a maior recompensa para um ecoturista e que o uso de iscas aumente a (tipicamente remota) chance de um encontro, a prática de usar iscas para atrair os felinos podem ter consequências desastrosas e deve ser banida”, recomenda.

O coordenador do Núcleo de Fauna do Ibama/MT, veterinário Cesar Esteves Soares afirma que não existem pesquisas que comprovem superpopulação de onças-pintada. “Taiamã sempre teve alto índice de avistamento de onças pela oferta de alimentos nas margens do rio Paraguai e o nível de conservação do local. ‘O que estamos fazendo é tentando mapear essa área e os felinos que habitam o local. Vamos responder cientificamenteque a hipótese de superpopulação é muito remota. Vamos saber o que tem induzido as onças a atacar na região de Cáceres já que não faz parte do seu comportamento natural", diz, acrescentando que o mais provável é que na tentativa de mostrar onças aos turistas, ‘estão entrando no habitat delas e se aproximando demais. As investigações estão levando em conta também as inúmeras denúncias de que ‘empresários do turismo‘, pescadores e barqueiros estariam cevando onças disponibilizando animais mortos como jacarés em determinados pontos onde elas passam. Cesar alerta ainda que o turismo precisa considerar o avistamento de onças como um prêmio, um fato inesperado , ‘mas nunca provocar sua presença. É mais seguro usar as lentes de uma máquina fotográfica ou binóculo”, afirma.

O professor de biologia da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) de Cáceres, especialista em ecologia de mamíferos, Manuel dos Santos Filho, estudioso de onças há 20 anos, confirma as suposições de outros pesquisadores que relacionam a falta de ordenamento do turismo no Pantanal de Cáceres aos ataques. ‘Estão chegando muito próximos delas,usando vocalizadores que irritam o animal e isso eu já presenciei por aqui. Sabemos do uso de cevas, mas nunca cheguei a ver essa prática. A vocalização no período de acasalamento, irrita muito a onça. Ela é ótima nadadora e seus impulsos podem atingir até dez metros. Já soubemos de casos aqui em Cáceres e que não vieram a público de que elas pulam dentro dos barcos. É um animal muito rápido‘, informa.

A suposição de que pulso das águas no Pantanal de Cáceres pode estar concentrando a população de onças na Estação Ecológica de Taiamã foi comentada pelo biólogo e coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Áreas úmidas(INAU) inaugurado esta semana em Cuiabá, Mato Grosso, Wolfgang Junk. Ele conta que já foi comprovado que a Usina Hidrelétrica de Manso, instalada no rio Manso, município de Chapada dos Guimarâes modificou o ciclo de cheia e seca no Pantanal abaixo de Cuiabá. “ Mas seria preciso fazer medições na área de Cáceres e verificar essa hipótese. O fato é que o desmatamento no Pantanal pode estar mudando as onças de um lado para outro. Mas são hipóteses”, diz.

Segundo levantamento feito pela ONG Conservation International(CI) , 17% da cobertura vegetal original do Pantanal já foram destruídas, principalmente para a abertura de áreas de pastagem e cultivo. O impacto imediato dessa situação é a degradação do solo, o comprometimento dos processos hidrológicos que determinam os ciclos de cheia e seca, em grande parte responsáveis por toda a riqueza biológica da região, e a perda de biodiversidade, pois recursos como abrigo, alimento e locais de reprodução oferecidos pelas florestas e demais tipos de vegetação às espécies animais não estarão mais disponíveis.

Grande Barreira de corais em perigo

Um navio chinês encalhou na Grande Barreira de Corais, na Austrália, além disso, ocorreu um vazamento de óleo e as autoridades australianas estão procurando processar os responsáveis pelo navio. O ministro australiano dos Transportes, Anthony Albanese, disse que o navio estava claramente em uma rota ilegal e que por isso seria processado por derramamento de óleo. Os marinheiros de nacionalidade Vietnamita e Sul-Coreana serão levados a um tribunal australiano na próxima segunda-feira, acusados de levar um navio de carga por uma rota ilegal dentro de uma das maiores reservas da vida marinha no planeta.

A acusação vai alegar que o navio não foi registrado na Austrália e não respondeu às tentativas das autoridades para estabelecer contato. Se forem considerados culpados por derramamento de óleo, os homens podem enfrentar uma multa em torno de 400.000 reais. "É evidente que o navio entrou em um curso que era ilegal," disse Albanese após sobrevoar o local de encalhe. "O governo australiano vai garantir que a força da lei seja exercida sobre os responsáveis", complementou.

O governo australiano prometeu reforçar as suas leis marítimas em resposta as empresas de transporte aquático que resolvem cortar caminho para poupar alguns trocados, arriscando assim a vida silvestre. A Grande Barreira de Corais é maior recife de corais do mundo, se estendendo por mais de 2300 km. Ela é composta por cerca de 2900 recifes, 600 ilhas continentais e 300 atóis. Nos ecossistemas deste bioma aquático vivem cerca de 1500 espécies de peixe, 360 espécies de coral, 8000 espécies de moluscos, 400 a 500 espécies de algas marinhas, 1330 espécies de crustáceos e mais de 800 espécies de equinodermes além muitos outros grupos animais onde se destacam os platelmintos e os cubozoários.

Elefantes chacinados em Moçambique

Caçadores furtivos que se introduziram na Reserva do Niassa, Norte de Moçambique, abateram 12 elefantes e retiraram os seus dentes de marfim com machados e catanas, neste que é o maior ataque nos últimos oito anos naquele parque.

De acordo com fonte governamental, o massacre deu-se a quatro quilometros da cidade de Mbamba, junto ao rio Lugenda. Populares alertaram as forças de fiscalização da reserva três dias depois do ato.

Segundo a Sic Notícias, que cita o jornal Notícias de Maputo, as investigações permitiram encontrar algumas evidências do envolvimento de membros da comunidade de Mbamba. Este trabalho resultou na recuperação de armas e munições, que eram usadas para práticas ilegais dentro da reserva.

Os elefantes foram abatidos por volta do meio-dia, altura em que, habitualmente, os animais descansam, acrescenta o jornal. Esse ato de covardia não leva em consideração o valor dos elefantes para a cultura e estruturação da realidade local.

Coleta de caranguejos alimenta milhares de familias no Pará


A cata do caranguejo é a principal fonte de renda para muitos ribeirinhos do nordeste do Pará. Um trabalho difícil e cansativo, que começa muito antes do sol nascer.

A cidade de Bragança está bem próxima a uma das comunidades que mais possui áreas de manguezal, de onde é capturado o caranguejo. Quatro mil famílias garantem o sustento do comércio nas feiras e da captura do caranguejo no mangue.

Termina a estrada e chega-se ao acesso à reserva extrativista da comunidade do Treme. Ainda na madrugada, muitas embarcações se reúnem e os pescadores se preparam para seguir viagem.

“Se a gente não sair agora, mais tarde a maré seca e a gente não sai”, justifica Manoel Luiz Mescoto, catador de caranguejo. A viagem noturna é longa. Só se chega ao destino após o dia amanhecer. Apenas o fogo da lamparina ajuda a orientar a tripulação. Luiz é o mais experiente do grupo.

Durante a viagem, a tripulação costura roupas e prepara equipamentos. Para entrar no mangue é preciso proteger o corpo todo. Às 7h30, o grupo chegou a uma área de mangue onde o trabalho de coleta será iniciado. Mas antes disso é preciso estar bem alimentado. No cardápio, charque assada na brasa, calabresa e farinha.

Após o café-da-manhã, é hora de se preparar para entrar no tijuco, como é conhecida a lama preta do mangue. O sapato para enfrentar o manguezal é artesanal, feito de tecido, fio de varal e sola de pneu de bicicleta.

Na caminhada dentro do mangue é preciso habilidade para não afundar o corpo todo no terreno pantanoso. São mais de cinco horas até chegar aos melhores pontos de captura do caranguejo.

Na lama e entre muitas raízes, todos permanecem horas e horas praticamente camuflados de lama. “Eu tirei 31carangueijos em duas horas de trabalho dentro do mangue. Às vezes, os filhos pedem um pão que falta e eu não tenho dinheiro para comprar o pão. Me emociona porque não tenho para dar”, disse Antônio Prached, catador de caranguejo.

Depois de mais 12 horas de trabalho no mangue chega o momento de voltar para casa com a esperança de que amanhã seja um dia melhor. Em média, os catadores vendem o cento de caranguejos por R$ 20.

Vida Marinha em cubos de gelo no Japão


Um aquário, no mínimo, inusitado vem chamando a atenção na província de Miyagi, no Japão. O
Kori no suizokukan, como é conhecido o lugar, exibe peixes, caranguejos, polvos e outras espécies da vida marinha presos em cubos de gelo.

No local, com cerca de 50 colunas de gelo, a temperatura é mantida a -20ºC e, para entrar, os visitantes precisam vestir casacos e só podem permanecer por lá por 5 minutos, antes que o nariz e os dedos comecem a sentir os efeitos do frio excessivo.

domingo, 7 de novembro de 2010

Como tratar um cão mordido por um animal selvagem, gato ou outro cão



Como tratar um cão mordido por um animal selvagem Quando um cão entra em uma briga com outro cão, com um gato ou com um animal selvagem, podem ocorrer ferimentos na pele e em tecidos adjacentes. Muitas brigas podem ser evitadas não deixando seu cachorro solto e usando sempre uma guia quando passeia com ele. O cachorro também deve ser treinado para obedecer seus comandos.
Se seu cachorro entrar em uma briga, não tente separar os brigões com as mãos. Um cachorro brigando vai morder qualquer coisa em seu caminho, inclusive você. Puxe seu cachorro pela guia ou use um bastão longo. Quando a briga terminar, examine seu cachorro com cuidado para ver se há ferimentos ocultos. Você provavelmente vai achar furos ao redor do pescoço e nas pernas. Examine bem o pêlo a procura de manchas de sangue, que podem indicar que a pele foi perfurada.
É importante determinar se o animal que mordeu é vacinado contra raiva. Se for um animal selvagem, como um gambá ou guaxinim, tente caçá-lo para poder examinar o cérebro para verificar a raiva. Nunca toque um animal selvagem com as mãos desprotegidas, mesmo morto. Use luvas ou enrole o corpo em um cobertor. Seu veterinário vai fazer o exame da raiva.
Para cuidar adequadamente de um cachorro que foi mordido, use as dicas a seguir.
Contenha o cão, se necessário.
Aproxime-se do cachorro lentamente, falando em um tom de voz tranqüilizador.
Passe uma guia pelo pescoço do cachorro e, então, em volta de um objeto fixo. Puxe o cão contra este objeto e amarre a guia de maneira que o cachorro não consiga mover a cabeça.
Faça uma focinheira para sua maior proteção.
Corte o pêlo ao redor do ferimento.
Lave bem o ferimento com água limpa. Evite usar antissépticos, pois podem causar dor.
Examine o ferimento. Se o tecido sob o ferimento aparecer quando você move a pele, provavelmente vai precisar de pontos.
NÃO faça bandagem. Deixe a ferida drenar a não ser que haja sangramento excessivo. Se estiver sangrando muito, siga estes passos:
- cubra a ferida com um pano limpo ou compressa estéril;
- coloque sua mão sobre a compressa e comprima com firmeza;
- mantenha a pressão sobre a compressa para parar o sangramento;
- se o sangue encharcar o curativo NÃO o remova; coloque outro curativo por cima e continue pressionando até parar de sangrar;
- se o ferimento for profundo o suficiente para precisar de pontos, leve o cachorro imediatamente ao veterinário;
verifique com o veterinário se seu cão está devidamente vacinado contra a raiva

Como tratar um Cão com o olho Machucado




Irritação nos olhos de um cachorro pode ser causada por alergias, poeira e sujeira, cílios nascendo para dentro, brigas, entre outros problemas. Isso pode resultar em uma inflamação moderada do tecido ao redor dos olhos (conjuntivite) ou em danos graves na córnea.
Ao examinar o olho de um cachorro é importante saber que os cães têm uma terceira pálpebra localizada no canto do olho mais próximo ao nariz. Essa terceira pálpebra pode cobrir completamente o globo ocular e às vezes dá a impressão de que aquela parte do olho não está ali.
Além de ser um mecanismo de proteção, a terceira pálpebra pode indicar que algo está errado no olho. Se for levantada e parecer vermelha, o olho está inflamado. Não tente tocar ou manipular esta pálpebra.
Outras indicações de que o cachorro está com os olhos irritados são olhos semi-cerrados, coçar com as patas ou tentar esfregar os olhos. Sua primeira prioridade é evitar que o cachorro se machuque mais ainda, pois isso pode agravar o problema ocular. Use as dicas a seguir para tratar ferimentos nos olhos de um cachorro.
Corpo estranho no olho
NÃO tente remover o objeto.
Contenha o cão, se necessário.
Aproxime-se do cachorro lentamente, falando em um tom de voz tranqüilizador.
Evite que o cachorro machuque mais os olhos.
O quinto dedo (se presente) deve ser protegido com uma bandagem na pata dianteira do lado do olho machucado.
Para cães pequenos, corte um pedaço grande de papelão para fazer um colar elizabetano.
Para cães maiores, corte o fundo de um balde plástico, coloque na cabeça do cachorro e prenda na coleira.
Leve o cachorro imediatamente ao veterinário.
Olho irritado ou arranhado
Um sinal típico de olho irritado ou arranhado é ficar com o olho semi-cerrado, tentar coçar com as patas, corrimento grosso escorrendo dos olhos ou olhos vermelhos.
Contenha o cão, se necessário.
Aproxime-se do cachorro lentamente, falando em um tom de voz tranqüilizador.
Lave bem o olho afetado com soro fisiológico ou água limpa.
Previna para que o cachorro não se machuque mais tentando coçar o olho.
O quinto dedo (se presente) deve ser protegido com uma bandagem na pata dianteira do lado do olho machucado.
Para cães pequenos, corte um pedaço grande de papelão para fazer um colar elizabetano.
Para cães maiores, corte o fundo de um balde plástico, coloque na cabeça do cachorro e prenda na coleira.
Leve o cachorro imediatamente ao veterinário.

Conversas entres Cães e Gatos: Será que eles se entendem?

Cães e gatos são os “eternos inimigos”, mas são por vezes forçados a conviver na mesma casa e têm de escolher uma forma de abordar o outro. A comunicação não verbal do gato e do cão tanto os pode aproximar como também, devido a más interpretações, pode dar azo a desentendimentos.

Do ponto de vista social, cães e gatos não podem ser mais diferentes. Os cães não sobrevivem sem o seu grupo, os gatos são animais solitários. Os cães são predadores e estão habituados a disputar hierarquias através da agressão, enquanto que o gato oscila entre predador e presa e prefere fugir a lutar. Estas diferenças fazem com que o gato e o cão tenham capacidades diferentes e uma comunicação distinta. Existem contudo pontos em comuns, sinais desconhecidos e até sinais com significados opostos.

Vocalizações

O gato consegue emitir mais de 100 sons, enquanto que o cão só emite 10. Destas, é o rosnar e variantes as únicas em que têm em comum. O significado de uma rosnadela é igual para um gato e para um cão. Mas, enquanto o som emitido pelo gato, faz com que o cão abrande ou interrompa o passo, uma rosnadela de um cão faz geralmente com que o gato fuja. Existem depois aqueles gatos mais destemidos que fazem frente aos cães, mas estes são a excepção.

Os outros sons que o gato tem a capacidade de fazer não têm tradução para o cão e vice-versa.

Expressões faciais

 As expressões faciais num gato e num cão são semelhantes e têm o mesmo significado. A exposição dos dentes é mau sinal, os olhos muito abertos indicam que o animal está alerta, etc.

Uma expressão facial mais distinta é a que indica que o animal está irritado e pronto a atacar: os cães voltam as orelhas para a frente, enquanto que os gatos voltam as orelhas para o lado. Apesar de poder parecer uma diferença pequena, os animais estão muito atentos a este tipo de indicações.

Cauda

Tanto o cão como o gato abanam a cauda, mas o seu significado não podia ser mais oposto. Para os cães, abanar a cauda com grande amplitude indica que o animal está receptivo a brincar e funciona como um convite para os outros se aproximarem. Para o gato, abanar a cauda é sinal de agressão e um “convite” para o outro se afastar.

Outro desentendimento que pode ocorrer é quando a cauda está junto ao corpo. Para os cães, é sinal de submissão, para os gatos de ataque iminente.

Daí que seja frequente um cão aproximar-se de um gato e ser surpreendido com uma arranhadela.

Linguagem corporal


A linguagem corporal dos cães e gatos não diverge muito, mas existem sempre sinais que dão origem a um ou outro mal entendido. Um gato encosta-se noutro animal ou pessoa para deixar o seu cheiro e é um sinal de afeição. Os cães utilizam os encontrões e os encostos para impor dominância. Se um gato mostra afeição a um cão desta forma, o cão pode entender o gesto como tentativa de superiorização.

“Bilingues”

Em casas onde a convivência entre cães e gatos é pacífica, os animais podem ter aprendido por tentativa-erro a interpretar correctamente o significado que o outro animal dá a uma determinado gesto. Ou seja, os cães podem perceber que no gato o abanar da cauda não é um bom sinal, ou os gatos podem aprender que não devem encostar-se nos cães.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Parque biologico da Serra da Lousã

 
O Parque Biológico da Serra da Lousã é um espaço onde se retrata e revive experiências relacionadas com o meio ambiente, tradição e cultura local.
 
Um espaço lúdico com Quinta Pedagógica e Centro Hípico, uma área de Vida Selvagem com as várias espécies de animais selvagens de Portugal, Ecomuseu com engenhos de rega de várias tipologias e moinhos de água e de vento, Museu Vivo de Artes e Ofícios Tradicionais com oficinas de artesanato e loja de venda e Museu da Tanoaria.
 
 
 

 
A Quinta Pedagógica assume-se como um “museu vivo”, permitindo reflectir o passado rural baseado na prática agrícola e pastorícia. Exibe actividades agrícolas utilizando técnicas e meios rudimentares, com animais treinados para recrear trabalhos ancestrais. Conta com animais domésticos de raças tradicionais portuguesas, entre vacas, cabras, ovelhas, coelhos, porcos, burros, cavalos e algumas aves de capoeira.
 
O Labirinto, construído com árvores de fruto (e único no mundo), é uma experiência viva que desperta os sentidos, onde os visitantes de todas as gerações e em todas as estações do ano poderão aprender a reconhecer as árvores e os seus frutos. As 320 árvores de 21 espécies diferentes, que o constituem são também uma homenagem aos viveiristas da região, que é o berço desta actividade em Portugal.
No Parque de Vida Selvagem o objectivo não é ser um “zoológico” tradicional, mas sim um parque que mostre, em ambiente próximo do natural, algumas das espécies selvagens que habitam o território português, onde a sensibilização para a preservação da Biodiversidade e o alerta para os vários factores de ameaça das espécies estão patentes.

O Parque é também um projecto de inovação social destinado á Integração laboral e terapia ocupacional para pessoas portadoras de deficiência, doentes mentais e vítimas de exclusão.
 
Actividades Lúdicas
Para grupos de visitantes ou para grupos escolares ou outras instituições, o Parque Biológico apresenta um vasto leque de actividades, mediante marcação prévia.
Tiro ao Arco | Jogos Tradicionais | Maneio de Equinos | Alimentação dos Cavalos | Passeios de Charrete
 
 
 

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Fotos incriveis....

O  fisioterapeuta polonês Miroslaw Swietek fotografou imagens da face de insetos coberta de orvalho.



Para conseguir o efeito desejado ele entra em uma floresta perto de sua casa no vilarejo de Jaroszow, na Polônia, por volta das três horas da manhã.



Usando uma lanterna, o fotógrafo amador de 37 anos procurou insetos imóveis, que pareciam dormir, e colocou sua câmera e flash a poucos milímetros deles.



Swietek disse que fotografia é um hobby há dois anos e meio e que gosta de registrar especialmente imagens de insetos e lagartos, segundo o jornal britânico Daily Mail.

"Entre às três e quatro horas da manhã os insetos estão dormindo e é fácil tirar fotos deles. O difícil é encontrá-los", afirmou.



"Precisa fotografar muito rápido porque o orvalho desaparece rapidamente."

O fotógrafo amador disse que tem livros que o ajudam a identificar os insetos. "Como estão cobertos de orvalho eu acho quase impossível saber o que são."



Embora insetos não "durmam" da mesma forma que os seres humanos, eles entram em um estado de entorpecimento em que ficam praticamente imóveis e menos sensíveis a estímulos externos.





Sapos são capazes de prever terramotos


O comportamento dos sapos durante o período de acasalamento pode possibilitar "prever o imprevisível", ou seja, um sismo, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira, dia 31, pelos pesquisadores de uma universidade britânica.

Uma "alteração brusca no comportamento" dos sapos comuns machos (Bufo-bufo) foi percebida "cinco dias antes do sismo" ocorrido na cidade italiana de Áquila, no dia 6 de abril de 2009, de acordo com a equipe que vigiava esses anfíbios em seu local de reprodução.

Os resultados obtidos sugerem que "os sapos comuns Bufo-bufo são capazes de pressentir eventos sísmicos importantes e de adaptar seu comportamento em consequência", disse a bióloga Rachel Grant da Universidade Open, em Milton Keynes, Reino Unido.

Junto de seu colega Tim Halliday, da Oxford, ela observava por vários dias os animais a 74 quilômetros de Áquila, no momento em que a cidade foi surpreendida pelo terremoto de magnitude de 6,3 graus e que fez 299 vítimas.

Cinco dias antes do tremor, o número de sapos machos presentes no local de reprodução brutalmente reduziu em 96%, um comportamento "altamente incomum" para esses anfíbios, segundo o estudo publicado no Journal of Zoology.

"Uma vez que os sapos chegam para se reproduzir, eles ficam habitualmente ativos em grande número no local de reprodução até que o período de acasalamento termine", lembraram Grant e seu colega da Oxford.

Nos três dias precedentes ao tremor, o número de casais caiu para zero.

Depois de terem abandonado o local com a proximidade do sismo, os machos retornaram para lá timidamente na lua cheia. Mas eles eram bem menos numerosos que nos anos anteriores: somente 34, contra 67 a 175 sapos contados no passado.

No dia 15 de abril, tendo se passado vários dias após o terremoto e dois dias depois da sua última réplica importante, o número de sapos continuou mais baixo que de costume.

Os pesquisadores confessam que não sabem ao certo "qual sinal ambiental" os sapos captaram com "tanta antecedência".

Mas eles destacaram que a baixa das atividades dos anfíbios coincidiu com as "perturbações pré-sísmicas na ionosfera", camada superior da atmosfera onde os gases são ionizados (elétricos).

Essas perturbações detectadas em radiofrequências baixas podem estar ligadas a vazamentos de radônio, gás radioativo que surge do subsolo terrestre, ou às ondas gravitacionais.

Outros animais como elefantes, peixes, serpentes ou lobos também foram estudados no passado à procura de sinais precursores de sismo, sem, entretanto, fornecer dados tão concretos como os dos sapos.



A última população conhecida de mamutes lanudos, que habitavam uma ilha remota do Ártico muito depois de os humanos inventarem a escrita, foram eliminados rapidamente, afirma um estudo divulgado nesta terça-feira.

 
A causa pode ter sido doenças, humanos ou catástrofes climáticas, mas é certo que não foram mudanças climáticas, sugere a pesquisa, publicada na revista Proceedings of the Royal Society B.

As exatas razões que fizeram grande parte desses gigantescos paquidermes - que na época percorriam em rebanho o território da Eurásia e América do Norte - morrerem no final da Era do Gelo geraram debates acalorados.
Alguns especialistas afirmam que os mamutes foram caçados até a extinção há 10 mil anos pela espécie que se tornaria predadora dominante do planeta: a humana.

Outros argumentam que as mudanças climáticas são culpadas, já que as espécies acostumadas a climas amenos tiveram de encarar um mundo mais quente.

É sabido que uma colônia de mamutes lanudos sobreviveu até 4 mil anos atrás onde está hoje a ilha de Wrangel, na Rússia, ao norte da Sibéria e no Oceano Ártico.




A datação por radiocarbono mostra que ao menos alguns desses animais ainda existiam no ano 1,7 mil anos antes de Cristo.

Para melhor entender a extinção, pesquisadores liderados por Anders Angerbjorn, da Universidade de Estocolmo, analisaram pedaços de DNA mitocondrial - material genético herdado através das fêmeas - extraído dos ossos e das presas.
Eles apontaram sinais de diversidade genética declinante, o que significaria que muita procriação consanguínea em uma população pequena poderia ter sido a causa, em parte, da morte dos animais.
"Pode ser que a ilha fosse simplesmente muito pequena para suportar uma população de mamutes a longo prazo", especulam os autores.

Em torno de 7,6 mil km² de área, a ilha de Wrangel é um pouco menor que a Córsega ou Porto Rico. A ilha de Wrangel foi gradativamente submersa de 12 mil a 9 mil anos atrás.

A perda de variação genética também poderia ter sido resultado das mudanças climáticas ocorridas quando a Terra entrou no período interglacial, que foi uma bênção para muitos animais, mas não para os animais gigantescos, afirma o estudo.
Para a surpresa dos estudiosos, no entanto, foi concluído que a diversidade genética manteve-se estável, ou até mesmo aumentou levemente, até o final.
"Isto sugere que a extinção final foi causada por uma mudança relativamente súbita no ambiente em que os mamutes viviam", salientou o estudo.

De acordo com dados arqueológicos, os humanos aparentemente chegaram à ilha 100 anos depois de os mamíferos terem desaparecido.
Isso provaria que não foram os 'Homo sapiens' que mataram os últimos mamutes, mas é possível que os humanos tenham chegado antes na ilha, sem deixar rastros.

Sobram as hipóteses clima ou doença - levantadas pelos pesquisadores -, que notaram que um evento súbito - uma mega tempestade, por exemplo - ou uma nova bactéria ou vírus poderia ter varrido a população remanescente.


 
O destino dos mamutes na ilha de Wrangel, afirmam eles, não é necessariamente um microcosmo de todas as espécies, porque as ilhas exercem pressões evolutivas diferentes nas diversas espécies animais.

Uma das teorias levanta a hipótese de as florestas em expansão na Europa e em parte da Ásia terem expulsado esses animais, comedores de grama, que foram gradualmente morrendo de fome.

Policia foge de uma alcateia de Lobos


Um polícia de trânsito russo passou por uma situação caricata quando, durante uma normal fiscalização rodoviária, se viu na necessidade de se refugiar dentro do carro do condutor que autuava, por reparar que se aproximava na sua direcção uma alcateia com cerca de uma dúzia de lobos.

Esta situação ocorreu na região de Rostov-on-Don, perto do Mar de Azov e em plena auto-estrada M23, quando o polícia mandou parar um condutor que transitava na via com um farol partido. Enquanto solicitava os documentos ao infractor, reparou nos lobos, que corriam em direcção a si, e não lhe restou outra solução senão saltar para dentro do carro, onde ficou até os lobos desaparecerem e poder então voltar à sua viatura.

Na faixa contrária, o seu parceiro de patrulha não teve também outra alternativa senão entrar na viatura policial, enquanto alguns condutores se viram na necessidade de entrar nas faixas de sentido contrário para evitar atropelar os lobos, que passavam a correr, ignorando as forças da ordem e as mais elementares regras de trânsito.

Este não foi o primeiro incidente com lobos na Rússia esta semana, já que pelo menos dois lobos foram vistos num parque de estacionamento de um supermercado na periferia de Moscovo.

Ainda não se conhecem as razões para estes acontecimentos, embora a falta de presas ou uma elevada taxa de natalidade dos lobos nos últimos anos sejam os factores mais apontados, para estes animais entrarem em locais tão movimentados e ruidosos.

Pesquisador ensina elefante a falar


Não contente em apenas admirar ou brincar, ainda que de longe, com os animais, o biofísico Daniel Mietchen da Universidade de Jena, na Alemanha, ensina aos seus amigos bichos os códigos da fala.

O pesquisador estuda a evolução dos sistemas de comunicação animal na Coréia do Sul, com foco em um elefante chamado Kosigi, do parque Everland, em Yongin. Segundo informações de Mietchen nesta quinta-feira (07/10), após anos treinando e conversando com o animal ele já vê, ou melhor, ouve sinais de progresso.

O elefante pronuncia palavras simples em coreano como joa (bom), andoe (não) e nuwo (mentira). O que ainda não se sabe é se Kosigi reconhece o significado do que fala.

Zôo de Nova York comemora nascimento de preguiça prematura

Contrariando a falta de pressa característica de sua espécie, Ruth chegou ao mundo antes do tempo. A filhote de bicho-preguiça é a mais nova moradora do zoológico Rosamond Gifford Syracuse, de Nova York, nos Estados Unidos.




Apesar do peso de apenas 255 gramas (60% do total considerado normal para uma preguiça recém-nascida), a prematura é saudável e recebe os cuidados e carinhos da mãe. Ruth é a 43º preguiça que nasce no Rosamond e sua chegada teve bons motivos para comemoração.

“Há 16 anos, não presenciávamos o nascimento de um animal da espécie. A equipe fez um ótimo trabalho”, elogiou Joanne M. Mahoney, diretora do zoo.
Apesar da festança, a pequenina pediu licença aos convidados para um descanso: um modesto cochilo de dez horas.




Bengala para cães cegos


Uma cadela cega pôde voltar a ver depois de uma espécie de bengala ter sido instalada em sua coleira.
Dolly, que pertence à raça Staffordshire bull terrier e mora em Nottinghamshire, na Inglaterra, perdeu a visão por conta da catarata, provocada pela diabetes. Por sorte, Joanne McCelland, a veterinária de Dolly, teve uma ideia pioneira: colocar cabos plásticos em torno da coleira do animal, de modo que ele possa se orientar ao caminhar, evitando que esbarre em objetos e se machuque.

Brian Chadwick, o dono de Dolly, acredita que o invento ajudou a cadela a ter um novo ânimo para a vida. “Nós podíamos lidar com a diabetes, mas quando ela ficou cega, não tínhamos mais como ajudar”, disse ao jornal Daily Mail. “O efeito desses acessórios plásticos foi imediato. Em poucas horas, Dolly entendeu como sentir o que estava a sua volta”, afirmou.
O animal foi tratado no hospital veterinário People’s Dispensary for Sick Animals Pet Aid Hospital, onde já virou celebridade, figurando em revistas e folhetos da entidade

domingo, 17 de outubro de 2010

Lince Iberico em Portugal



Na lista das espécies em vias de extinção em Portugal, o lince-ibérico (lynx pardinus) assume os lugares cimeiros. Este é mesmo considerado o felídeo mais ameaçado do mundo, estando classificado como “criticamente em perigo” pelos Livros Vermelhos de Portugal e da União Internacional para a Conservação da Natureza.

Mas este cenário pode mudar no futuro. Para inverter esta situação, o Governo inaugurou, em Maio, o Centro Nacional de Reprodução do Lince-Ibérico (CNRLI), em Silves, e prepara-se para assinar no dia 28 de Julho (Dia da Conservação da Natureza), um protocolo para a construção de um centro de aclimatação do lince na serra da Malcata.

A unidade, localizada em plena Reserva da Malcata (partilhada entre os municípios de Penamacor e Sabugal), irá receber linces provenientes do centro de Silves. Este tem uma área de seis hectares, com capacidade para acolher 16 animais, que deverão começar a chegar de Espanha em Setembro. A ideia é assegurar a reprodução da espécie em cativeiro, e depois reintroduzir os linces no território nacional.


A partir de Setembro, Portugal tem três anos para preparar um habitat para receber o lince na natureza, ou seja, fora de cativeiro. Esse é o objectivo do projecto ibérico “Iberlinx - Acção territorial transfronteiriça de conservação do Lince Ibérico”, financiado pelo Programa de Cooperação Transfronteiriça Espanha-Portugal 2007-2013 (POCTEP). O custo total do projecto é de 1,275 milhões de euros.


Um dos beneficiários deste montante é a empresa Águas do Algarve, uma das parceiras na construção do CNRLI, com o apoio do Comité de Cria em Cativeiro para o Lince-Ibérico e do Instituto Nacional da Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB). O projecto é uma «medida de sobrecompensação» pelos impactes ambientais da construção da barragem de Odelouca.


Em declínio desde final dos anos 90
O lince-ibérico não é avistado no território nacional desde 2001, mas estima-se que, em meados dos anos 90, existiriam 1000 a 1200 exemplares distribuídos por nove núcleos populacionais, entre Portugal e Espanha.

No final da década, foi feita uma avaliação da situação pelo ICNB, através do Programa Liberne, e os resultados indicaram um declínio generalizado da espécie no País. O motivo? A acentuada regressão do coelho-bravo, principal presa do lince, a destruição dos habitats mediterrânicos, e também a caça furtiva.

Em Espanha, o lince continua a viver no seu habitat natural, fruto dos esforços feitos pelo governo espanhol para recuperar a população, que aumentou já em 49 por cento. Já há 188 animais entre a Sierra Morena e Doñana, na Andaluzia, um feito que levou a União Europeia a premiar o “Life Lince” andaluz como um dos cinco melhores projectos ambientais financiados com dinheiros comunitários.

O êxito deste primeiro programa levou à criação de um novo, cuja duração foi alargada até 2011. O investimento previsto é de 26 milhões de euros, o maior montante investido em programas de conservação de espécies.



Por cá, o CNRLI é o culminar dos esforços feitos há mais de 30 anos pela Liga para a Protecção da Natureza, que tem tentado trazer o felino com pêlos em forma de pincel na ponta das orelhas de volta a Portugal. No final deste ano termina um projecto Life que, desde Outubro de 2006, tem procurado recuperar e conservar habitats e corredores que os ligam entre si nas serras e montados de Moura-Barrancos, promovendo condições de sobrevivência para a espécie.
Esta região é uma das oito áreas prioritárias de intervenção do Plano de Acção para a Conservação do Lince-ibérico em Portugal, aprovado em Maio de 2008, juntamente com Malcata, Nisa, São Mamede, Guadiana, Caldeirão, Monchique e Barrocal.


Texugos em Portugal

O texugo é um animal omnívoro, que adapta o regime alimentar às disponibilidade do seu habitat. Apesar de ser comum em Portugal, diversos aspectos da sua ecologia estão ainda pouco estudados, condicionando os esforços de conservação.



O texugo (Meles meles, Linnaeus 1758) é um mamífero social que vive em grupos mistos de composição bastante variável: um grupo familiar pode ser constituído apenas por um casal e respectivas crias ou incluir mais de 30 indivíduos de várias classes etárias, dependendo dos factores do meio (Kruuk 1989). Estes grupos vivem em complexos de tocas que são usados para a reprodução (Neal e Cheeseman 1996).




Em Portugal esta espécie é protegida por um regulamento específico na lei de caça (Decreto-lei 274-A/88). Embora também seja protegida nos restantes países mediterrânicos (Griffiths e Thomas 1993), a maioria dos aspectos da sua ecologia nesta região são desconhecidos, estando grande parte dos trabalhos focados na sua dieta.

Também em Portugal o primeiro estudo dedicado ao texugo (Loureiro 1999) versou a dieta desta espécie na Serra de Grândola, sendo os frutos e os artrópodes (sobretudo insectos) os principais grupos de alimentos consumidos. Estes resultados são semelhantes aos obtidos para outras áreas mediterrânicas (e.g. Pigozzi 1987), mas muito diferentes das regiões do Centro e Norte da Europa, onde a espécie é um consumidor especialista de minhocas (e.g. Kruuk et al. 1979). Esta diferença na estratégia alimentar poderá conduzir a diferentes padrões de actividade e movimentos, pois estes parâmetros devem estar relacionados com o tipo e disponibilidade das presas.