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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Crocodilo gigante já matou centenas no Burundi

 
 
O crocodilo Gustave aterroriza, há 20 anos, os habitantes de uma região do Burundi, pequeno país da África despistando caçadores e escapando à morte no lago Tanganica. O Monstro, que pesa uma tonelada e mede cerca de seis metros de comprimento, é conhecido na região onde conta-se que já devorou mais de 200 pessoas.

O animal, segundo eles, usa a cauda para golpear crianças que brincam à beira do lago e já foi filmado atacando um pescador. Segundo a lenda, certa feita ele comeu uma funcionária da embaixada russa que tomava banho pelada no lago.

Gustave foi batizado com este nome pelo francês Patrice Faye, que vive no Burundi há cerca de 20 anos e tenta capturá-lo há mais de 11 anos sem sucesso. Agora, o francês mudou de estratégia e já não o quer matar o réptil, mas colocar um localizador, para seguir os seus passos. “Vivemos numa era em que criaturas como essas são cada vez mais raras”, disse, justificando a mudança de tática. “É um animal pré-histórico, muito gordo, na água, parece um hipopótamo, ainda tem todos os dentes, o que sugere que tenha menos de 68 anos“, afirmou.

Faye disse que, quando acompanhou os movimentos do crocodilo, por um período de três meses, 17 pessoas foram devoradas por Gustave. “Calculei que matava pessoas há 20 anos e que, a esse ritmo, já tinha comido mais de 300”, afirmou o expert. O francês disse ainda que Gustave já passou períodos mais longos sem comer pessoa alguma. No ano passado, por exemplo, não foi registado nenhum ataque.

Para Faye, o enorme tamanho do animal faz com que uma dieta, à base de peixes do lago não seja suficiente para saciar a fome. Além disso, “por ser tão grande, é mais lento e, portanto, não tem outra opção a não ser caçar presas fáceis. Na água, não há presa mais fácil do que o ser humano. Não creio que seja uma questão de gosto”, concluiu.

A certa altura, Faye tentou capturar Gustave com uma armadilha usada no Zimbabwe, para caçar crocodilos gigantes, mas o animal não se deixou enganar. “Ele deve ter um instinto de sobrevivência muito forte, porque sobreviveu enquanto outros crocodilos foram massacrados”, disse.

Faye usa informantes locais: “No Burundi, há milhares de pessoas que vivem junto ao lago, especialmente pescadores, que passam a maior parte do tempo na água. Dei alguns celulares para que eles me liguem quando encontrarem algum crocodilo”. Vários pescadores da região afirmam que já atiraram no pobre bichinho porém o couro do animal parece ser a prova de balas.

Os cupins são os animais mais influentes na dinâmica das savanas na África



Um estudo da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, indica que os verdadeiros reis da savana africana não são os leões, mas sim os cupins. Segundo o pesquisador Robert Pringle, a rede de colônias criadas pelas colônias do inseto influencia mais na população de animais que os grandes predadores ou os gigantes da região, como os elefantes e as girafas. As informações são da Agência Fapesp.
Segundo a pesquisa, a ação do cupim contribui enormemente para a produtividade do solo, que acaba por estimular a produção vegetal e, por consequência, animal. Os cientistas afirmam que a distribuição dos cupinzeiros por uma área maior maximiza a produtividade de todo o ecossistema.
"Não são os predadores carismáticos - como leões e leopardos - que exercem os maiores controles em populações. Em muitos aspectos, são os pequenos personagens que controlam o cenário. No caso da savana, aparentemente os cupins têm uma tremenda influência e são fundamentais para o funcionamento do ecossistema", diz Robert Pringle.
Os pesquisadores estudaram cupinzeiros na região do Quênia central. Eles observaram que essas estruturas tinham cerca de 10 m de diâmetro, com distâncias entre 60 m e 100 m entre eles. Cada um abriga milhões de insetos e muitas vezes são centenários.
Os cientistas se surpreenderam ao observar um grande número de lagartos próximos aos cupinzeiros, o que levou à quantificação da produtividade ecológica da área. Eles chegaram à conclusão que cada comunidade de insetos dava suporte a densas agregações de flora e de fauna. As plantas cresciam mais rapidamente quando próximas a essas estruturas e as populações de animais, assim como a taxa de reprodução, eram menores quando ficavam longe dos cupinzeiros.
Imagens feitas por satélite confirmaram as observações. Segundo os pesquisadores, essas imagens mostravam que cada cupinzeiro ficava no meio de uma "explosão de produtividade floral". Além disso, essas "explosões" parecem divididas organizadamente, com cada uma como se fosse uma casa em um tabuleiro de xadrez.
Os cientistas pretendem agora estudar qual é exatamente a contribuição dos cupins à essa produtividade. Eles acreditam que os insetos - que muitas vezes são vistos como pragas na agricultura - distribuem nutrientes, como fósforo e nitrogênio, que beneficiam a fertilidade do solo.

Onças do pantanal ameaçadas

Os ataques de onça-pintadanas imediações da Estação Ecológica de Taiamã, nas margens do rio Paraguai, município de Cáceres, a 215 Km de Cuiabá, não estão relacionados a possibilidade de superpopulação do felino na área. Desde o primeiro ataque ocorrido em 24 de junho de 2008, pesquisadores e técnicos ambientais do Instituto Chico Mendes(ICMbio) e do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros investigam o comportamento dos animais daquela região e o que podem estar provocando os ataques.

Com uma população estável em todo o Pantanal mato-grossense e na Amazônia, os ataques possivelmente estão relacionados ao turismo desordenado na região de Cáceres que inclui a observação inadequada dos felinos e a caça , denunciada recentemente pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e que levou a prisão 14 pessoas numa operação em conjunto com a Policia Federal.

O coordenador do Programa Nacional de Controle de Conflitos entre Predadores e População Humana do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros, biólogo Rogério Cunha de Paula vem avaliando os ataques desde 2008 e observa que nos dois casos há um mesmo padrão, ou seja, as pessoas estavam dentro do habitat das onças e ambos foram pegos de surpresa. No primeiro caso, pai e filho dormiam em uma barraca e foram atacados por duas onças.

Alguns relatos obtidos pelos pesquisadores informaram que para fazer o acampamento os pescadores teriam atirado por alto para espantar os animais. O filho foi praticamente devorado por uma das onças. Há vinte dias, outro jovem que pescava em um barco nas margens do rio foi atacado pelas costas. Os ferimentos na cabeça foram muito graves e a vítima só foi salva porque caiu na água e os barqueiros bateram na cabeça da onça com o remo.

Cunha de Paula diz que a idéia de superpopulação é praticamente descartada, já que a onça-pintada está no topo da cadeia alimentar , é alvo de caça e tem reprodução lenta. “O que pode estar ocorrendo é que, com o desmatamento no entorno, as onças estariam se concentrando mais na área da Estação de Taiamã , bastante conservada. Outra suposição é de que a região esteja passando por mudanças no regime de pulso das águas do Pantanal o que pode estar empurrando a população de onças - que sempre foi abundante naquela área para as proximidades de Taiamã dando a falsa impressão de superpopulação”, disse.

Outro fator que está sendo considerados nas investigações do ICMbio é o uso cevas tanto no Pantanal de Cáceres como na região de Barão de Melgaço e Poconé para facilitar o avistamento de onças. Há alguns anos foram feitas denúncias quanto ao uso de iscas por um empresário estrangeiro que possui pousada na região de Porto Jofre, próximo ao Parque Estadual Estação das Águas. O site da pousada garantia o avistamento do felino e chegava a afirmar que devolveria o pagamento do turista caso não observasse a presença de uma onça. Até hoje não se conseguiu comprovar a denúncia, mas a prática de ceva é apontada por moradores e funcionários de pousadas.

O chefe do Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense , localizado na confluência do Rio Paraguai com o rio Cuiabá, divisa com Mato Grosso do Sul e ao lado da Serra do Amolar, biólogo José Augusto Ferraz lembra que a presença de onças no Pantanal é comum e raramente se tem notícias de ataques a pessoas na região do parque. Trabalhamos ali há muitos anos e não existe superpopulação e nem ataques aos homens.Nem mesmo os índios que conviveram sempre com elas não só Pantanal como na Amazônia relatam esse comportamento das onças. Estamos constantemente fiscalizando o parque e não existem cevas e nem turismo de observação de onças”, conta.

Cunha de Paulo, do ICMbio, conta que desde o primeiro acidente em 2008 foram feitos vários alertas a comunidade de Cáceres quanto ao turismo de observação de onças feito de forma inadequada. “ A onça-pintada é o maior felino das Américas, atrevido e valente, não tem medo do ser humano e leva a sério a disputa de território (em média 15 hectares). Tem uma média de três filhotes por ninhada que ficam sob cuidados da fêmea por pelo menos dois anos. É muito ariscado se aproximar dela quando o filhote está por perto ou então quando estão com uma carniça. É extremamente violento, por isso é preciso manter uma distância de 20 a 30 metros. A presença cada vez maior de gente no seu habitat pode estar provocando esses ataques‘, diz.

Essa combinação de perda de medo e associação de gente com comida pode levar a onça a atacar pessoas.“ Ainda que o avistamento de uma onça na natureza possa ser a maior recompensa para um ecoturista e que o uso de iscas aumente a (tipicamente remota) chance de um encontro, a prática de usar iscas para atrair os felinos podem ter consequências desastrosas e deve ser banida”, recomenda.

O coordenador do Núcleo de Fauna do Ibama/MT, veterinário Cesar Esteves Soares afirma que não existem pesquisas que comprovem superpopulação de onças-pintada. “Taiamã sempre teve alto índice de avistamento de onças pela oferta de alimentos nas margens do rio Paraguai e o nível de conservação do local. ‘O que estamos fazendo é tentando mapear essa área e os felinos que habitam o local. Vamos responder cientificamenteque a hipótese de superpopulação é muito remota. Vamos saber o que tem induzido as onças a atacar na região de Cáceres já que não faz parte do seu comportamento natural", diz, acrescentando que o mais provável é que na tentativa de mostrar onças aos turistas, ‘estão entrando no habitat delas e se aproximando demais. As investigações estão levando em conta também as inúmeras denúncias de que ‘empresários do turismo‘, pescadores e barqueiros estariam cevando onças disponibilizando animais mortos como jacarés em determinados pontos onde elas passam. Cesar alerta ainda que o turismo precisa considerar o avistamento de onças como um prêmio, um fato inesperado , ‘mas nunca provocar sua presença. É mais seguro usar as lentes de uma máquina fotográfica ou binóculo”, afirma.

O professor de biologia da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) de Cáceres, especialista em ecologia de mamíferos, Manuel dos Santos Filho, estudioso de onças há 20 anos, confirma as suposições de outros pesquisadores que relacionam a falta de ordenamento do turismo no Pantanal de Cáceres aos ataques. ‘Estão chegando muito próximos delas,usando vocalizadores que irritam o animal e isso eu já presenciei por aqui. Sabemos do uso de cevas, mas nunca cheguei a ver essa prática. A vocalização no período de acasalamento, irrita muito a onça. Ela é ótima nadadora e seus impulsos podem atingir até dez metros. Já soubemos de casos aqui em Cáceres e que não vieram a público de que elas pulam dentro dos barcos. É um animal muito rápido‘, informa.

A suposição de que pulso das águas no Pantanal de Cáceres pode estar concentrando a população de onças na Estação Ecológica de Taiamã foi comentada pelo biólogo e coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Áreas úmidas(INAU) inaugurado esta semana em Cuiabá, Mato Grosso, Wolfgang Junk. Ele conta que já foi comprovado que a Usina Hidrelétrica de Manso, instalada no rio Manso, município de Chapada dos Guimarâes modificou o ciclo de cheia e seca no Pantanal abaixo de Cuiabá. “ Mas seria preciso fazer medições na área de Cáceres e verificar essa hipótese. O fato é que o desmatamento no Pantanal pode estar mudando as onças de um lado para outro. Mas são hipóteses”, diz.

Segundo levantamento feito pela ONG Conservation International(CI) , 17% da cobertura vegetal original do Pantanal já foram destruídas, principalmente para a abertura de áreas de pastagem e cultivo. O impacto imediato dessa situação é a degradação do solo, o comprometimento dos processos hidrológicos que determinam os ciclos de cheia e seca, em grande parte responsáveis por toda a riqueza biológica da região, e a perda de biodiversidade, pois recursos como abrigo, alimento e locais de reprodução oferecidos pelas florestas e demais tipos de vegetação às espécies animais não estarão mais disponíveis.
Os ataques de onça-pintadanas imediações da Estação Ecológica de Taiamã, nas margens do rio Paraguai, município de Cáceres, a 215 Km de Cuiabá, não estão relacionados a possibilidade de superpopulação do felino na área. Desde o primeiro ataque ocorrido em 24 de junho de 2008, pesquisadores e técnicos ambientais do Instituto Chico Mendes(ICMbio) e do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros investigam o comportamento dos animais daquela região e o que podem estar provocando os ataques.

Com uma população estável em todo o Pantanal mato-grossense e na Amazônia, os ataques possivelmente estão relacionados ao turismo desordenado na região de Cáceres que inclui a observação inadequada dos felinos e a caça , denunciada recentemente pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e que levou a prisão 14 pessoas numa operação em conjunto com a Policia Federal.

O coordenador do Programa Nacional de Controle de Conflitos entre Predadores e População Humana do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros, biólogo Rogério Cunha de Paula vem avaliando os ataques desde 2008 e observa que nos dois casos há um mesmo padrão, ou seja, as pessoas estavam dentro do habitat das onças e ambos foram pegos de surpresa. No primeiro caso, pai e filho dormiam em uma barraca e foram atacados por duas onças.

Alguns relatos obtidos pelos pesquisadores informaram que para fazer o acampamento os pescadores teriam atirado por alto para espantar os animais. O filho foi praticamente devorado por uma das onças. Há vinte dias, outro jovem que pescava em um barco nas margens do rio foi atacado pelas costas. Os ferimentos na cabeça foram muito graves e a vítima só foi salva porque caiu na água e os barqueiros bateram na cabeça da onça com o remo.

Cunha de Paula diz que a idéia de superpopulação é praticamente descartada, já que a onça-pintada está no topo da cadeia alimentar , é alvo de caça e tem reprodução lenta. “O que pode estar ocorrendo é que, com o desmatamento no entorno, as onças estariam se concentrando mais na área da Estação de Taiamã , bastante conservada. Outra suposição é de que a região esteja passando por mudanças no regime de pulso das águas do Pantanal o que pode estar empurrando a população de onças - que sempre foi abundante naquela área para as proximidades de Taiamã dando a falsa impressão de superpopulação”, disse.

Outro fator que está sendo considerados nas investigações do ICMbio é o uso cevas tanto no Pantanal de Cáceres como na região de Barão de Melgaço e Poconé para facilitar o avistamento de onças. Há alguns anos foram feitas denúncias quanto ao uso de iscas por um empresário estrangeiro que possui pousada na região de Porto Jofre, próximo ao Parque Estadual Estação das Águas. O site da pousada garantia o avistamento do felino e chegava a afirmar que devolveria o pagamento do turista caso não observasse a presença de uma onça. Até hoje não se conseguiu comprovar a denúncia, mas a prática de ceva é apontada por moradores e funcionários de pousadas.

O chefe do Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense , localizado na confluência do Rio Paraguai com o rio Cuiabá, divisa com Mato Grosso do Sul e ao lado da Serra do Amolar, biólogo José Augusto Ferraz lembra que a presença de onças no Pantanal é comum e raramente se tem notícias de ataques a pessoas na região do parque. Trabalhamos ali há muitos anos e não existe superpopulação e nem ataques aos homens.Nem mesmo os índios que conviveram sempre com elas não só Pantanal como na Amazônia relatam esse comportamento das onças. Estamos constantemente fiscalizando o parque e não existem cevas e nem turismo de observação de onças”, conta.

Cunha de Paulo, do ICMbio, conta que desde o primeiro acidente em 2008 foram feitos vários alertas a comunidade de Cáceres quanto ao turismo de observação de onças feito de forma inadequada. “ A onça-pintada é o maior felino das Américas, atrevido e valente, não tem medo do ser humano e leva a sério a disputa de território (em média 15 hectares). Tem uma média de três filhotes por ninhada que ficam sob cuidados da fêmea por pelo menos dois anos. É muito ariscado se aproximar dela quando o filhote está por perto ou então quando estão com uma carniça. É extremamente violento, por isso é preciso manter uma distância de 20 a 30 metros. A presença cada vez maior de gente no seu habitat pode estar provocando esses ataques‘, diz.

Essa combinação de perda de medo e associação de gente com comida pode levar a onça a atacar pessoas.“ Ainda que o avistamento de uma onça na natureza possa ser a maior recompensa para um ecoturista e que o uso de iscas aumente a (tipicamente remota) chance de um encontro, a prática de usar iscas para atrair os felinos podem ter consequências desastrosas e deve ser banida”, recomenda.

O coordenador do Núcleo de Fauna do Ibama/MT, veterinário Cesar Esteves Soares afirma que não existem pesquisas que comprovem superpopulação de onças-pintada. “Taiamã sempre teve alto índice de avistamento de onças pela oferta de alimentos nas margens do rio Paraguai e o nível de conservação do local. ‘O que estamos fazendo é tentando mapear essa área e os felinos que habitam o local. Vamos responder cientificamenteque a hipótese de superpopulação é muito remota. Vamos saber o que tem induzido as onças a atacar na região de Cáceres já que não faz parte do seu comportamento natural", diz, acrescentando que o mais provável é que na tentativa de mostrar onças aos turistas, ‘estão entrando no habitat delas e se aproximando demais. As investigações estão levando em conta também as inúmeras denúncias de que ‘empresários do turismo‘, pescadores e barqueiros estariam cevando onças disponibilizando animais mortos como jacarés em determinados pontos onde elas passam. Cesar alerta ainda que o turismo precisa considerar o avistamento de onças como um prêmio, um fato inesperado , ‘mas nunca provocar sua presença. É mais seguro usar as lentes de uma máquina fotográfica ou binóculo”, afirma.

O professor de biologia da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) de Cáceres, especialista em ecologia de mamíferos, Manuel dos Santos Filho, estudioso de onças há 20 anos, confirma as suposições de outros pesquisadores que relacionam a falta de ordenamento do turismo no Pantanal de Cáceres aos ataques. ‘Estão chegando muito próximos delas,usando vocalizadores que irritam o animal e isso eu já presenciei por aqui. Sabemos do uso de cevas, mas nunca cheguei a ver essa prática. A vocalização no período de acasalamento, irrita muito a onça. Ela é ótima nadadora e seus impulsos podem atingir até dez metros. Já soubemos de casos aqui em Cáceres e que não vieram a público de que elas pulam dentro dos barcos. É um animal muito rápido‘, informa.

A suposição de que pulso das águas no Pantanal de Cáceres pode estar concentrando a população de onças na Estação Ecológica de Taiamã foi comentada pelo biólogo e coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Áreas úmidas(INAU) inaugurado esta semana em Cuiabá, Mato Grosso, Wolfgang Junk. Ele conta que já foi comprovado que a Usina Hidrelétrica de Manso, instalada no rio Manso, município de Chapada dos Guimarâes modificou o ciclo de cheia e seca no Pantanal abaixo de Cuiabá. “ Mas seria preciso fazer medições na área de Cáceres e verificar essa hipótese. O fato é que o desmatamento no Pantanal pode estar mudando as onças de um lado para outro. Mas são hipóteses”, diz.

Segundo levantamento feito pela ONG Conservation International(CI) , 17% da cobertura vegetal original do Pantanal já foram destruídas, principalmente para a abertura de áreas de pastagem e cultivo. O impacto imediato dessa situação é a degradação do solo, o comprometimento dos processos hidrológicos que determinam os ciclos de cheia e seca, em grande parte responsáveis por toda a riqueza biológica da região, e a perda de biodiversidade, pois recursos como abrigo, alimento e locais de reprodução oferecidos pelas florestas e demais tipos de vegetação às espécies animais não estarão mais disponíveis.

Grande Barreira de corais em perigo

Um navio chinês encalhou na Grande Barreira de Corais, na Austrália, além disso, ocorreu um vazamento de óleo e as autoridades australianas estão procurando processar os responsáveis pelo navio. O ministro australiano dos Transportes, Anthony Albanese, disse que o navio estava claramente em uma rota ilegal e que por isso seria processado por derramamento de óleo. Os marinheiros de nacionalidade Vietnamita e Sul-Coreana serão levados a um tribunal australiano na próxima segunda-feira, acusados de levar um navio de carga por uma rota ilegal dentro de uma das maiores reservas da vida marinha no planeta.

A acusação vai alegar que o navio não foi registrado na Austrália e não respondeu às tentativas das autoridades para estabelecer contato. Se forem considerados culpados por derramamento de óleo, os homens podem enfrentar uma multa em torno de 400.000 reais. "É evidente que o navio entrou em um curso que era ilegal," disse Albanese após sobrevoar o local de encalhe. "O governo australiano vai garantir que a força da lei seja exercida sobre os responsáveis", complementou.

O governo australiano prometeu reforçar as suas leis marítimas em resposta as empresas de transporte aquático que resolvem cortar caminho para poupar alguns trocados, arriscando assim a vida silvestre. A Grande Barreira de Corais é maior recife de corais do mundo, se estendendo por mais de 2300 km. Ela é composta por cerca de 2900 recifes, 600 ilhas continentais e 300 atóis. Nos ecossistemas deste bioma aquático vivem cerca de 1500 espécies de peixe, 360 espécies de coral, 8000 espécies de moluscos, 400 a 500 espécies de algas marinhas, 1330 espécies de crustáceos e mais de 800 espécies de equinodermes além muitos outros grupos animais onde se destacam os platelmintos e os cubozoários.

Elefantes chacinados em Moçambique

Caçadores furtivos que se introduziram na Reserva do Niassa, Norte de Moçambique, abateram 12 elefantes e retiraram os seus dentes de marfim com machados e catanas, neste que é o maior ataque nos últimos oito anos naquele parque.

De acordo com fonte governamental, o massacre deu-se a quatro quilometros da cidade de Mbamba, junto ao rio Lugenda. Populares alertaram as forças de fiscalização da reserva três dias depois do ato.

Segundo a Sic Notícias, que cita o jornal Notícias de Maputo, as investigações permitiram encontrar algumas evidências do envolvimento de membros da comunidade de Mbamba. Este trabalho resultou na recuperação de armas e munições, que eram usadas para práticas ilegais dentro da reserva.

Os elefantes foram abatidos por volta do meio-dia, altura em que, habitualmente, os animais descansam, acrescenta o jornal. Esse ato de covardia não leva em consideração o valor dos elefantes para a cultura e estruturação da realidade local.

Coleta de caranguejos alimenta milhares de familias no Pará


A cata do caranguejo é a principal fonte de renda para muitos ribeirinhos do nordeste do Pará. Um trabalho difícil e cansativo, que começa muito antes do sol nascer.

A cidade de Bragança está bem próxima a uma das comunidades que mais possui áreas de manguezal, de onde é capturado o caranguejo. Quatro mil famílias garantem o sustento do comércio nas feiras e da captura do caranguejo no mangue.

Termina a estrada e chega-se ao acesso à reserva extrativista da comunidade do Treme. Ainda na madrugada, muitas embarcações se reúnem e os pescadores se preparam para seguir viagem.

“Se a gente não sair agora, mais tarde a maré seca e a gente não sai”, justifica Manoel Luiz Mescoto, catador de caranguejo. A viagem noturna é longa. Só se chega ao destino após o dia amanhecer. Apenas o fogo da lamparina ajuda a orientar a tripulação. Luiz é o mais experiente do grupo.

Durante a viagem, a tripulação costura roupas e prepara equipamentos. Para entrar no mangue é preciso proteger o corpo todo. Às 7h30, o grupo chegou a uma área de mangue onde o trabalho de coleta será iniciado. Mas antes disso é preciso estar bem alimentado. No cardápio, charque assada na brasa, calabresa e farinha.

Após o café-da-manhã, é hora de se preparar para entrar no tijuco, como é conhecida a lama preta do mangue. O sapato para enfrentar o manguezal é artesanal, feito de tecido, fio de varal e sola de pneu de bicicleta.

Na caminhada dentro do mangue é preciso habilidade para não afundar o corpo todo no terreno pantanoso. São mais de cinco horas até chegar aos melhores pontos de captura do caranguejo.

Na lama e entre muitas raízes, todos permanecem horas e horas praticamente camuflados de lama. “Eu tirei 31carangueijos em duas horas de trabalho dentro do mangue. Às vezes, os filhos pedem um pão que falta e eu não tenho dinheiro para comprar o pão. Me emociona porque não tenho para dar”, disse Antônio Prached, catador de caranguejo.

Depois de mais 12 horas de trabalho no mangue chega o momento de voltar para casa com a esperança de que amanhã seja um dia melhor. Em média, os catadores vendem o cento de caranguejos por R$ 20.

Vida Marinha em cubos de gelo no Japão


Um aquário, no mínimo, inusitado vem chamando a atenção na província de Miyagi, no Japão. O
Kori no suizokukan, como é conhecido o lugar, exibe peixes, caranguejos, polvos e outras espécies da vida marinha presos em cubos de gelo.

No local, com cerca de 50 colunas de gelo, a temperatura é mantida a -20ºC e, para entrar, os visitantes precisam vestir casacos e só podem permanecer por lá por 5 minutos, antes que o nariz e os dedos comecem a sentir os efeitos do frio excessivo.